RIO - No setor do turismo, órgãos de promoção e departamentos de marketing trabalham para atrair o maior número possível de viajantes para destinos e atrações
Publicado em 29/03/2020, às 00h00 - Atualizado às 22h46 Redação
RIO – No setor do turismo, órgãos de promoção e departamentos de marketing trabalham para atrair o maior número possível de viajantes para destinos e atrações mundo afora. É assim que funciona em tempos de normalidade.
Porém, neste momento de pandemia do novo coronavírus , muitas campanhas de promoção turística adotaram um tom excepcional: elas lembram que as portas dos destinos estão abertas aos viajantes, mas só depois que a crise da Covid-19 passar. Até lá, incentivam que todos fiquem em suas casas, usando hashtags como #visitdepois #visitlater #stayhome e #yomequedoencasa.
Um dos principais destinos turísticos do Brasil, Salvador lançou a hashtag #visitedepois para incentivar os viajantes a manterem aceso o desejo de subir e descer as ladeiras do Pelourinho, comer acarajés no Rio Vermelho e ver o pôr do sol no Farol da Barra quando a rotina voltar ao normal.
A campanha foi ao ar com um vídeo no Youtube em versões em inglês e espanhol. O texto lembra que “a cidade que sempre esteve de portas abertas, precisa se recolher” e que “a gente quer que você venha, mas não agora”. Assista abaixo:
Em São Paulo, a campanha #AteDaquiaPouco conscientiza os visitantes de IlhaBela a não cancelar sua viagem à ilha, mas remarquem para depois da crise. Imagens foram postadas em todas as redes sociais do turismo da cidade. O acesso à balsa que leva até IlhaBela também está com restrição de usuários.
Além do Brasil, diversas cidades e estados na Argentina adotaram a hashtag #YoMeQuedoEnCasa (#EuFicoEmCasa). Um dos lugares que participam da campanha é Bariloche. A cidade patagônica, que tem nos brasileiros seu principal público estrangeiro, lançou também uma versão em português da ação, nas redes sociais.
“Hoje a prioridade é a saúde, ficar em casa não significa férias, significa prevenção e cuidado. Estou certo de que, se tomarmos as medidas com responsabilidade, nos veremos novamente em breve”, afirmou Gastón Burlon, secretário de Turismo de Bariloche.
Por conta da pandemia , Bariloche fez alterações em sua programação. O Festival Nacional do Chocolate, um dos maiores eventos do calendário da cidade, marcado para acontecer entre 18 e 21 de abril, foi cancelado. As autoridades locais também fecharam as trilhas no Parque Nacional Nahuel Huapi e suspenderam atrações turísticas, como passeios de barcos no lago. Há o temor que a pandemia impacte também na temporada de esqui, a principal atividade do turismo não só da cidade, mas de toda a província de Río Negro, na Patagônia argentina.
O governo da província de Cordoba, onde fica a cidade de mesmo nome (a segunda maior do país), também endossou a campanha. Num vídeo em suas redes sociais, a agência de promoção turística lembra ao viajante que “Cordoba é um amor, e sempre haverá tempo para desfrutá-la, mas hoje fique em casa”. Desde o dia 19 de março, todos os hotéis e atrações turísticas da província estão fechados.
Na província de Salta, no norte do país, a sugestão é para que o turista reprograme sua viagem, com o lema “Cuidate hoy, viajá mañana” (“Se cuide hoje, viaje amanhã”).
“Para poder aproveitar o Fim do Mundo, comecemos cuidando uns dos outros. Em Ushuaia ficamos em casa” foi o recado aos viajantes do órgão de promoção da Terra do Fogo, a primeira província argentina a decretar quarentena de sua população, em suas redes sociais. Já a da cidade de Mar del Plata foi: “Em Mar del Plata temos de tudo, e está tudo guardado para quando você possa voltar”.
Na Europa, atualmente o principal foco da Covid-19 , a campanha atinge desde destinos extremamente populares, como a Catalunha, a outros que raramente aparecem no radar do grande público, como as Ilhas Faroe.
Foi justamente este arquipélago escandinavo um dos primeiros a aliar as hashtags #stayhome e #visitlater. Numa publicação de 12 de março, intitulada “Apelo para que os turistas se abstenham de visitar as Ilhas Faroe”, o Visit Faroe Islands pede, em suas contas nas redes sociais, para que ninguém vá ao destino neste mês e no próximo, e que os visitantes adiem seus planos de viagem “mais para frente este ano”.
Naquele mesmo dia a Estônia, um dos países bálticos, no norte da Europa, usou suas redes sociais para um recado bem simples e direto: “Visite a Estônia… mais tarde”. Na publicação original, o órgão de promoção turística do país avisava sobre as implicações do novo coronavírus e usou as hashtags #stayhome e #stayfuckinghome, mas depois só a primeira foi mantida no ar.
O departamento de turismo da Catalunha também usou as redes para pedir que os visitantes voltem à região no futuro. “Compartilhar a Catalunha com o mundo é nossa paixão, mas cuidar de nossos visitantes e cidadãos é nosso dever. Você terá chance de conhecer todos os destinos maravilhosos assim que essa situação atípica passar. Por enquanto #StayHome (“Fique Em Casa”) e visite a Catalunha mais tarde”, dizia a mensagem.
Leia também
AUXÍLIO BRASIL: Governo erra e beneficiários serão prejudicados durante um mês
Descubra quem foi proibido de visitar Jô Soares no hospital
PM que matou Leandro Lo também era do jiu-jítsu, revela mãe da vítim
Você sabia que o excesso de colesterol ruim no organismo pode fazer você 'falhar na hora H'?
Tiroteios nos EUA: Quem ajuda a apertar o gatilho?
Polícia apreende, no Rio, pasta de cocaína que iria para a Maré
Morre, aos 73 anos, a atriz e cantora Olivia Newton-John
EUA estão preocupados com manobras militares chinesas perto de Taiwan
Bia Haddad vence italiana Trevisan na estreia no WTA 1000 de Toronto
Chelsea precisa de nova geração de defensores, diz Thomas Tuchel