Diário de São Paulo
Siga-nos

CBF vê resistência por mudanças nas eliminatórias para Copa do Mundo de 2026

Imagem CBF vê resistência por mudanças nas eliminatórias para Copa do Mundo de 2026

Redação Publicado em 06/07/2022, às 00h00 - Atualizado às 10h22


A mudança de formato das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo, que já foi considerada inevitável, agora enfrenta resistência da maioria das associações nacionais de futebol do continente. Hoje o torneio é disputado em pontos corridos, todos contra todos, o que ocupa 18 datas.

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, afirmou nesta semana que apenas BrasileArgentina concordam com uma eventual reforma – que passou a ser discutida após a Fifa aumentar de 32 para 48 o número de participantes da Copa do Mundo, o que também elevou o número de vagas para a América do Sul, das atuais 4,5 para 6,5 (seis vagas diretas e mais uma para repescagem)

– A maioria absoluta quer manter. Vamos externar [nossa posição] quando houver uma reunião de Conselho da Conmebol. Se depender da maioria, a fórmula vai continuar sendo essa, a não ser que a Conmebol tenha alguma proposta para direcionar – declarou Ednaldo.

A cúpula da Conmebol entende que, se for mantido o atual formato, Brasil e Argentina vão se classificar muito facilmente – afinal haverá seis vagas diretas e mais uma para repescagem para dez participantes – e isso vai gerar desinteresse tanto comercial quanto esportivo.

A consequência desse cenário seria a dificuldade para obter a liberação por parte dos clubes europeus para seus jogadores atuarem na América do Sul. Em março deste ano, o zagueiro Thiago Silva contou que os capitães das seleções do continente debatiam maneiras de encurtar as Eliminatórias.

Nenhuma decisão ainda foi tomada. O Conselho da Conmebol se reúne nesta quinta-feira em Cáli, na Colômbia, onde ocorre a Copa América de Futebol Feminino. Na pauta da reunião está o calendário de competições sul-americanas em 2023 – mas as eliminatórias não estão formalmente listadas como um dos assuntos a serem discutidos.

Consultado nesta terça-feira sobre o calendário do futebol brasileiro para 2023, o presidente da CBF afirmou que precisa esperar o calendário da Conmebol.

– Tem um desenho do que pode acontecer. Mas são suposições enquanto não tiver o calendário deles. Nós queremos um calendário que não traga tanta consequência [ruim] para os clubes.

Compartilhe  

últimas notícias