Diário de São Paulo
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Cadela paraplégica se ‘alia’ com cães e arrecada ração para ONG de animais

"Doces ou travessuras?", ou melhor, "petiscos ou travessuras". Para celebrar o Dia das Bruxas, a dona de uma cadelinha paraplégica que ficou famosa na

Cadela paraplégica se ‘alia’ com cães e arrecada ração para ONG de animais
Cadela paraplégica se ‘alia’ com cães e arrecada ração para ONG de animais

Redação Publicado em 31/10/2016, às 00h00 - Atualizado às 12h57


Fantasiada de ‘abóbora’, cadelinha fez pedido: ‘Petiscos ou travessuras?’. Cerca de 130 kg de ração foram doados para cães e gatos de Sorocaba.

“Doces ou travessuras?”, ou melhor, “petiscos ou travessuras”. Para celebrar o Dia das Bruxas, a dona de uma cadelinha paraplégica que ficou famosa na internet pela sua história de superação a vestiu de abóbora e, juntas, arrecadaram com a ajuda de outros cães que também ganharam as redes sociais, mais de 100 quilos de ração para cães e gatos. Esta é a segunda vez que a dupla de Sorocaba (SP) se inspira no Halloween para ajudar uma ONG que resgata animais abandonados. Em 2015, Alê usou um chapéu de bruxa e saiu pela cidade com a cadeira de rodas toda personalizada.

Patrícia conta que apesar do sucesso da ação no ano passado, dessa vez o foco foi outro: conseguir os alimentos com pets conhecidos na web.

“Cada vez mais as páginas na internet crescem. Então, decidi ir atrás deles para ver se topavam entrar na brincadeira. Fiquei um pouco receosa no começo, achando que ninguém iria topar, mas pelo contrário, as pessoas e seus pets me receberam muito bem e fizeram suas doações”, diz.

A brincadeira reuniu os animais que têm muita história de superação por trás dos latidos. Além da “Alê”, o cão chamado de “Cupcake”, que tem somente duas patas, participou da ideia. “Teve até bichinho de longe participando, como o cãozinho Gui, de Jaú; a Rapozinha, do Rio Grande do Sul, e a Vida e o Petit do Rio de Janeiro (RJ). Nesse caso, eles me mandaram vídeos respondendo à pergunta: “petisco ou travessura?”, explica a publicitária.

Alê encontrou outros cães com histórias de superação (Foto: Patrícia Alcoléa/Arquivo pessoal)

Alê encontrou outros cães com histórias de superação (Foto: Patrícia Alcoléa/Arquivo pessoal)

Gatos também podem
De acordo com Patrícia, além dos cães, o diferencial desta vez foi a inserção de gatos. “As pessoas esquecem que nas ONGs também têm gatos esperando por um lar e precisando de comida”, comenta a dona da cadelinha youtuber, que mantém uma página nas redes sociais com conteúdo lúdico sobre o mundo dos pets.

Além da diversão, a ideia de arrecadar doação deu certo, já que cerca de 130 quilos foram adquiridos. Tuda a ração foi encaminhada à Associação de Abrigo Temporário de Animais Necessitados (AATAN). “Estou bem contente com o resultado, mas principalmente por poder ajudar aqueles [animais] que não tem um lar e necessitam de ajuda”, finaliza.

Ração arrecadada foi levada para uma ONG (Foto: Patrícia Alcoléa/Arquivo pessoal)

Ração arrecadada foi levada para uma ONG (Foto: Patrícia Alcoléa/Arquivo pessoal)

‘Aleijadinha –Alê’
As publicações que deixaram a cadela famosa na internet são administradas pela Patrícia que coleciona mais de 21 mil curtidas na página. “Alê” ganhou uma segunda chance ao ser encontrada pela irmã da puplicitária se arrastando em uma rodovia, debilitada e sem o movimento das patas traseiras.

Cadela fez fisioterapia durante recuperação (Foto: Fernanda Cerioni/Arquivo pessoal)

Cadela fez fisioterapia durante recuperação (Foto: Fernanda Cerioni/Arquivo pessoal)

Em meio a machucados e sem os movimentos, a cachorrinha foi encaminhada para dois veterinários. Com uma nova família e recuperada dos ferimentos, Alê enfrentou a fase de fisioterapia.

Atualmente, a família se desdobra para zelar pelo bem-estar da Alê e dos outros três cães da casa. Segundo Patrícia, além da cadeira de rodas especial, ela precisa usar fraldas, consequência de ter perdido o controle das fezes e urina.

Dos dias em que se arrastava para sobreviver sozinha em uma rodovia até hoje, quem conhece Alê se comove, segundo Patrícia. Mas, ela garante que a cadelinha se adaptou e está cercada de amor para aproveitar o resto da segunda chance de viver. “Eu queria que as pessoas soubessem que não precisam ter pena, pois ela é muito feliz e tem todos os recursos que precisa para viver bem”, finaliza.

Dona mantém página em rede social da cadela de estimação (Foto: Patrícia Alcoléa/Arquivo pessoal)

Dona mantém página em rede social da cadela de estimação (Foto: Patrícia Alcoléa/Arquivo pessoal)

Alê tem até uma rampa de acesso especial para se locomover  (Foto: Arquivo pessoal)

Alê tem até uma rampa de acesso especial para se locomover (Foto: Arquivo pessoal)

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