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DENGUE

Vacina contra dengue do Butantan tem eficácia geral de 79,6%

Um estudo foi divulgado nesta quarta-feira (31) mostrando a eficácia da vacina que terá apenas uma dose e deve ficar pronta em setembro

Um estudo foi divulgado nesta quarta-feira (31) mostrando a eficácia da vacina que terá apenas uma dose e deve ficar pronta em setembro - Imagem: Reprodução/Freepik
Um estudo foi divulgado nesta quarta-feira (31) mostrando a eficácia da vacina que terá apenas uma dose e deve ficar pronta em setembro - Imagem: Reprodução/Freepik

Ana Rodrigues Publicado em 01/02/2024, às 08h47


Nesta quarta-feira (31), o Instituto Butantan publicou um estudo que aponta uma eficácia geral de 79,6% da vacina brasileira contra a dengue. Sendo desenvolvido há 10 anos, o imunizante tem eficiência similar ao Qdenga, que será distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo o Metrópoles, a pesquisa foi publicada na revista científica New England Journal of Medicine (NEJM), uma das mais prestigiadas no mundo. A vacina do Butantan será de dose única, funcionando contra todos os sorotipos, e cerca de 16 mil brasileiros estão sendo acompanhados há três anos, para verificar sua eficácia.

De acordo com o estudo, o imunizante apresentou 89,2% de eficácia em pessoas que tiveram dengue antes do começo da pesquisa, e 73,6% em quem nunca foi infectado. Durante esse período de acompanhamento, só circulavam no Brasil os sorotipos 1 e 2 da dengue - onde foram registradas eficácias de 89,5% e 69,6%, respectivamente.

Quando falamos de vacina da dengue, estamos, na verdade, falando de quatro vacinas ao mesmo tempo. Esse é o aspecto mais difícil: fazer com que todas andem em caminhos paralelos e induzindo proteção de forma equilibrada", explicou Esper Kallás, primeiro autor do artigo, diretor do Instituto Butantan e professor licenciado da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), em entrevista ao Jornal da USP.

A vacina é eficaz em todos os grupos. Entre crianças de 2 a 6 anos de idade, a eficácia foi de 80,1%. Em jovens de 7 a 17 anos foi de 77,8% e 90% entre os adultos de 18 e 59 anos. As principais reações à vacina foram consideradas leves, onde os sintomas são: dor de cabeça, fadiga e erupção cutânea no local da aplicação).

A expectativa do governo de São Pauloé que o processo de testes do imunizante seja finalizado em setembro e o produto esteja disponível em 2025.

A fórmula ainda precisa ser analisada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes de ser colocada em circulação.

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