Nos três primeiros meses de 2021, o estado de São Paulo registrou queda de 17% no número de transplantes de órgãos e tecidos, segundo a Central de
Redação Publicado em 26/04/2021, às 00h00 - Atualizado às 09h07
Nos três primeiros meses de 2021, o estado de São Paulo registrou queda de 17% no número de transplantes de órgãos e tecidos, segundo a Central de Transplantes de SP. Foram registrados 1.695 procedimentos, contra 2.054 no mesmo período de 2020.
O coordenador da entidade, Francisco Salomão, explica que essa queda se dá por conta da Covid-19.
“No primeiro trimestre do ano passado, a pandemia ainda não repercutia no campo da transplantação”, explica ele.
Atualmente, 17.633 pacientes estão aguardando na fila por um transplante. Entre janeiro e abril deste ano, aumentou em 12% o número de pessoas aguardando pelo transplante de córnea, e em 13% o número de pessoas aguardando por um pulmão.
“Entre março e setembro de 2020, tivemos seis meses de cirurgias eletivas de córnea suspensas. Por isso o número de pacientes aguardando córnea ainda está acumulado”, afirma o coordenador da Central de Transplantes.
Salomão explica que, no caso do pulmão, o aproveitamento do órgão de doadores falecidos é menor que 3%. “O alvo do coronavírus é o trato respiratório. Além disso, as equipes estão mais criteriosas em realizar essa modalidade de transplante. O paciente que precisa do transplante de pulmão está em casa. As equipes vão ponderar se vale a pena levar esse pessoa até o hospital nas atuais condições, e realizar esse transplante”, diz ele.
Em nota, a Secretaria de Saúde de SP afirma que medidas de segurança e novos protocolos foram adotados com a pandemia. E que, conforme diretrizes do SUS, pessoas com diagnóstico de covid-19 com menos de 28 dias de regressão completa dos sintomas não podem ser doadores de órgãos.
Segundo a Central de Transplantes, em 2020, cerca de 7% de potenciais doadores não puderam fazer a doação de órgãos por conta da pandemia da Covid-19.
A Secretaria também explica que, para ser um doador de órgãos, basta comunicar a família sobre o desejo. No caso de falecidos, a autorização deve ser concedida por familiares com até 2º grau de parentesco. A Central de Transplantes reforça a orientação de que haja diálogo entre as famílias sobre o desejo de ser ou não doador de órgãos, pois isso facilita a tomada de decisão.
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G1
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