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Doença

Mpox deixa de ser emergência sanitária global, decide a OMS

A novidade foi divulgada pelo diretor-geral do órgão em uma coletiva nesta quinta-feira (11)

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus - Imagem: reprodução/Twitter @DrTedros
Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus - Imagem: reprodução/Twitter @DrTedros

Mateus Omena Publicado em 11/05/2023, às 11h54


A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim do status de emergência global de saúde para a Mpox, conhecida anteriormente como varíola dos macacos.

A novidade foi divulgada pelo diretor-geral do órgão, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma reunião colegiada nesta quinta-feira (11).

"Ontem, o comitê de emergência para mpox se reuniu e me recomendou que o surto de mpox em vários países não representa mais uma emergência de saúde pública de interesse internacional", declarou Tedros em uma coletiva.

A doença foi considerada uma emergência de saúde em julho de 2022, conforme os casos de infecção foram sendo detectados em diversos países, incluindo o Brasil.

No entanto, em uma coletiva de imprensa,  Tedros Adhanom, recordou que o vírus continua afetando alguns grupos específicos, como comunidades em alguns países do continente africano e pessoas que vivem com HIV e que não recorrem a tratamentos de saúde.

"Assim como com a Covid-19, isso [esse rebaixamento do status] não significa que o nosso trabalho acabou. A mpox continua a representar desafios significativos de saúde pública que precisam de uma resposta robusta, proativa e sustentável", disse.

De acordo com os últimos dados da OMS, mais de 87 mil casos de mpox foram confirmados em todo o mundo desde janeiro de 2022. 140 mortes também foram contabilizadas desde então.

No Brasil, a imunização contra a doença começou em março deste ano para grupos específicos, como pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA), profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus [a família do vírus da monkeypox] e pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas.

Por outro lado, desde o 2º semestre do ano passado, o número de casos no país tambpem vem apresentando declínio considerável. A curva epidêmica dos casos confirmados e prováveis teve sua maior frequência registrada no período de 17 de julho a 20 de agosto de 2022.

Em agosto de 2022, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a liberação do uso da vacina, chamada de Jynneos/Imvanex. A medida tinha validade de seis meses, mas quando o prazo esgotou em fevereiro, a pedido do ministério, a agência prorrogou a dispensa de registro para que a pasta importe e utilize no Brasil o imunizante, que é fabricado pela empresa Bavarian Nordic A/S..

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