As dores da britânica de 28 anos são sentidas mesmo que ela durma 17 horas por dia
Vitória Tedeschi Publicado em 13/09/2022, às 15h08
Uma jornalista britânica, sentia fortes dores de cabeça desde os 17 anos, mas foi apenas aos 28 anos que Georgia Lambert descobriu duas síndromes raras capazes de fazer com que o cérebro ‘vaze’ do crânio, o que explicava a dor severa.
A condição iniciou ainda na infância com a presença de asma severa e hiperflexibilidade nos ossos. Depois de repetidas quedas, aos 17, começaram as dores crônicas insuportáveis. Desde então, ao procurar ajuda, muitos médicos desacreditavam e diziam que o problema não passava de algo psicológico.
No entanto, os pais de Lambert, vendo as dores constantes da filha, não aceitaram essas avaliações e continuaram em busca do real motivo.
Procurando pelo tratamento ideal, ela chegou a adotar várias dietas e terapias alternativas, sem sucesso.
Em entrevista para o The Sun, Georgia desabafou. "Eu sabia que a dor não era normal, e ninguém entendia o que eu estava passando. Muitas pessoas me disseram que não acreditavam em mim, e foi uma verdadeira luta", conta.
A jornalista só começou descobriu do que realmente se tratava despois que um médico pediu um exame de sua cabeça.
Esperamos semanas pelos resultados. Quando voltamos ao consultório, o clínico parou para respirar antes de pronunciar as duas condições que encontraram. Ele me explicou que a parte de trás do meu cérebro estava vazando para fora do meu crânio, o que causou a formação de cistos cheios de fluido na minha medula espinhal".
O diagnóstico, difícil de ser dado a Lambert pelo médico, revelou que ela tinha má formação de Arnold-Chiari e siringomielia, ambas deveriam ter sido notadas nos primeiros dias de vida do bebê.
A Arnold-Chiari acontece entre o pescoço e a cabeça, quando o cerebelo entra no canal espinhal. Já a siringomielia é a formação de uma cavidade líquida dentro da medula espinhal.
Após finalmente ter um diagnóstico preciso, a jornalista foi submetida a uma cirurgia para drenar a medula espinhal, mas ainda sente dores fortes, tremores nas mãos e vazamento recorrente no cérebro.
A britânica precisou abandonar a universidade. Entrou para um grupo de pacientes com siringomielia, onde aprendeu técnicas para se distrair da dor.
Em dias bons, ela consegue até fazer longas caminhadas. Mas em outros, tem dificuldade para fazer uma xícara de chá.
Georgia ainda revela que antes do diagnóstico dormia cerca de 17 horas, 9h por dia e 8h à noite, e mesmo assim as dores não paravam.
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