Um vídeo mostra uma enfermeira recolhendo pedras e assentando em uma estrada de terra na zona rural de Pedra Branca, no interior do Ceará. A profissional da
Redação Publicado em 06/03/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h42
A enfermeira Ana Kalini trabalha em Pedra Branca, no Ceará, há seis anos.
Um vídeo mostra uma enfermeira recolhendo pedras e assentando em uma estrada de terra na zona rural de Pedra Branca, no interior do Ceará. A profissional da saúde é Ana Kalini, que teve de recorrer a essa estratégia nesta sexta-feira (5) para que o carro da equipe de vacinação conseguisse chegar a casa de um idoso de 102 anos.
“O acesso é muito difícil, muito mesmo. E principalmente agora por conta das chuvas. Então, a situação ficou difícil. O carro era uma Hilux, mas mesmo assim a gente ainda não conseguia passar, porque o carro ficava escorregando, descendo. Então, foi o jeito a gente colocar aquelas pedras ali, porque não tinha como voltar, não tinha como fazer retorno”, revela Ana Kalini.
Enfermeira faz caminho de pedras para carro com vacinas conseguir passar, no interior do Ceará. — Foto: Arquivo pessoal
Além da enfermeira, a equipe de saúde era composta por uma assistente de saúde (que também aparece no vídeo), duas técnicas de enfermagem e o motorista. O vídeo foi gravado no Sítio Feijão, na zona rural de Pedra Branca, quando os quatro iam à casa de Francisco Henrique de Lima, o idoso de 102 anos.
O esforço foi para a aplicar a primeira dose da vacina contra Covid-19 em Francisco Henrique de Lima, de 102 anos. — Foto: Arquivo pessoal
Kalini é natural de Iguatu, município no sul do Ceará, mas trabalha como enfermeira em Pedra Branca há seis anos. Assentar pedras para que o carro da equipe consiga subir faz parte do cotidiano, porque o município é cercado de serras, além das estradas de terra. “Várias vezes. O acesso em Pedra Branca é muito difícil por causa da serra. Não foi a primeira vez”, complementa Kalini.
A enfermeira faz parte do programa Estratégia Saúde da Família, na zona rural de Pedra Branca, com mais de três mil pessoas no Sítio São José. Mas por conta do atendimento descentralizado, ela acabava atendendo em outros pontos da zona rural.
“Agora deu uma parada porque desde o início da pandemia, a gente não faz mais o atendimento descentralizado”, revela Kalini, sobre as situações onde tem de recorrer a estratégias como a mostrada no vídeo, revelando que os casos diminuíram, mas não cessaram.
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Fonte: G1 – Globo.
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