Crianças brasileiras estão mais altas, mas também mais obesas, alerta estudo

Um estudo publicado na revista científica The Lancet Regional Health – Americas revelou que, entre 2001 e 2014, as crianças brasileiras entre 3 e 10 anos ficaram, em média, 1 cm mais altas. No entanto, essa conquista vem acompanhada de um preocupante aumento nas taxas de sobrepeso e obesidadena faixa etária.

Segundo o UOL, a pesquisa analisou as medidas de mais de 5 milhões de crianças e descobriu um crescimento médio de 1 cm na estatura infantil, juntamente com um aumento superior a 2% na incidência da obesidadeem ambos os gêneros.

Conduzido por cientistas do Centro de Integração de Dados e Conhecimento para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), em colaboração com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o University College London, instituição acadêmica britânica, o estudo analisou informações de crianças com idades entre 3 e 10 anos, nascidas entre 2001 e 2014.

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Esses registros foram extraídos de três sistemas administrativos: o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), o Sistema de Informação de Nascidos Vivos (Sinasc) e o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan).

Os resultados revelaram um aumento médio de 1 cm na altura das crianças, tanto para meninos quanto para meninas, ao longo dos 13 anos examinados. Durante a série histórica, o estudo aponta um acréscimo de aproximadamente 5 centímetros na altura das crianças brasileiras, desde 1952 até 2014.

Entretanto, as taxas de excesso de peso e obesidade também cresceram. O estudo indica que a prevalência de meninos e meninas com peso superior ao recomendado no Brasil permaneceu estável entre 1974 e 2006, aumentando apenas a partir de 2009.

Excesso de peso e obesidade em alta:

5 a 10 anos:

• Sobrepeso: Aumento de 3,2% entre meninos e 2,7% entre meninas.
• Obesidade: Aumento de 2,7% entre meninos e 2,1% entre meninas.

3 e 4 anos:

• Sobrepeso: Aumento de 0,9% entre meninos e 0,8% entre meninas.
• Obesidade: Aumento de 0,5% entre meninos e 0,3% entre meninas.