por Rodrigo Sayeg
Publicado em 07/03/2023, às 08h55
Estamos na era das criptomoedas. Para todo o canto que olhamos, seja com quem conversamos, você provavelmente conhece alguém que já investiu, investe ou pretende investirnesse tipo de recurso.
O termo cripto está relacionado à criptografia envolvida em vários processos, como a mineração (registro das transações) e os endereços. Elas foram criadas em uma rede blockchain, a partir de sistemas avançados de criptografias que protegem as transações e as informações de quem está transacionando. Imaginem um grande livro de registros digitais, no qual uma pessoa transfere um dado representativo de valor.
Esse tipo de ideia, de uma transação na qual você manda um dado ou informação que representa uma quantia de valor não é em tese novidade para ninguém. Pense na nota de real que em verdade representa como papel moeda, um valor atrelado às reservas de riquezas do Tesouro Nacional.
O que seria o avanço é justamente a ausência de centralização financeira. Nas criptomoedas não há banco ou governo que atue como fiscalizador ou intermediário. Não há necessariamente regras quanto a transação. Ninguém irá fiscalizar o destinatário, o remetente, muito menos o processo quase instantâneo de transferência de recursos.
É apenas constar naquele livrinho imaginário que falamos no começo e pronto, sua transferência está concluída.
Essa liberdade e facilidade são os principais atrativos das criptomoedas, a descentralização do sistema financeiro. Ocorre que, existe sim uma verdadeira desvantagem, não há o que sustente ou assegure o valor daquela criptomoeda.
Voltemos ao exemplo da nota de Real. Aquele valor insculpido na nota é garantido pelo Governo Brasileiro como valendo aquele montante.
Na cripto? Depende do quanto você está disposto a acreditar que aquele valor efetivamente existe. Esta é a sua única garantia.
Moedas digitais são realmente o futuro. Recentemente, vi inclusive a notícia do projeto do Real digital, a moeda digital do Brasil.
No entanto, talvez devemos refletir um pouco sobre o que é real e o que é apenas digital, ou efetivamente atrelar valores às moedas.
Encerro aqui citando o exemplo da Dogecoin, Moedaque iniciou como uma brincadeira na internet e hoje está avaliada como sendo 3x mais forte que o próprio Real. Uma brincadeira tem uma moeda mais forte que a economia do 9º maior país do mundo.
É muito virtual essa realidade mesmo!
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