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Thereza Collor volta à cena contra corrupção

A ex-cunhada do ex-presidente Fernando Collor de Mello, o primeiro a sofrer impeachment, na década de 90, Thereza Collor, que ao lado de seu primeiro marido,

Thereza Collor volta à cena contra corrupção
Thereza Collor volta à cena contra corrupção

Redação Publicado em 13/08/2018, às 00h00 - Atualizado às 15h08


A “musa do impeachment”, que derrubou Fernando Collor nos anos 90, agora quer ser deputada para combater corrupção

A ex-cunhada do ex-presidente Fernando Collor de Mello, o primeiro a sofrer impeachment, na década de 90, Thereza Collor, que ao lado de seu primeiro marido, Pedro Collor (morto em 1994), filiada ao PSDB há vinte anos, decidiu retomar a atividade política e é candidata a deputada federal. Em entrevista ao BOM DIA, Tereza fala das diferenças entre os episódios dos anos 90 e dos casos atuais de corrupção. Ele diz que hoje, se necessário, repetiria o que fez contra o governo de se se-cunhado.

Esta é a primeira vez que Thereza Collor, 55 anos, disputa uma eleição. Convidada várias vezes a se candidatar, decidiu que agora era o momento para aceitar o chamado e topou disputar uma vaga na Câmara dos deputados pelo PSDB de São Paulo.

Filiada ao partido há 20 anos e morando em São Paulo há 18, a “musa do impeachment” entendeu que era chegado o momento de voltar a lutar contra a corrupção. Eleita a “guerreira” em todo o país em razão de ser uma voz feminina firme nas denúncias contra o governo de seu então cunhado, Fernando Collor, Thereza se indignou com as denúncias da Operação Lava Jato e decidiu voltar à luta.

Questionada se hoje faria o que fez em 1992, quando deu suporte às denúncias de Pedro Collor, provocando a queda do governo, Tereza garantiu que faria tudo de novo. “Hoje com mais maturidade, com mais experiência, mas com certeza faria tudo de novo”, afirmou.

Para Thereza, sua atuação naquela época serviu para despertar a atenção das autoridades. “Eu acho que aquilo foi um sinal de alerta, pois naquele momento, a gente não esperava nada daquilo. Depois de tantos anos, um presidente bem eleito pelo povo, e, de repente foi aquele choque”, disse.

Para Thereza Collor, suas denúncias só contribuíram mais, porque os políticos estavam envolvidos. “Aquilo só não contribuiu mais, por que os políticos estavam, em grande parte, muito enraizados dentro deles, o sentimento de que vão para a causa pública, muitos para se beneficiarem, se locupletarem e fazer a vida, ganhar o dinheiro daquela forma”, afirmou.

LAVA JATO – Na avaliação de Thereza Collor, a operação comandada pelo juiz Sérgio Moro, serviu para expor o que acontece na vida do Brasil. “A lava Jato foi fundamenta para expor toda essa sujeira. Houve dano, pois para muita gente, muitas empresas fecharam, mas foi fundamental para mostrar a situação”, disse. Ela também fez critica velada ao presidenciável Álvaro Dias (Podemos), que usa a Lava Jato como mote de sua campanha. ”Tem alguns candidatos que querem muito se apropriar da Lava Jato e outros a Lava Jato vai incomodar, mas foi fundamental”, avalia.

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