Diário de São Paulo
Siga-nos
Eleições 2022

Simone Tebet finalmente anuncia decisão e diz quem irá apoiar no 2˚ turno

O anúncio veio na tarde desta quarta-feira (05)

Os dois candidatos não tinham nem mesmo o telefone um do outro - Imagem: reprodução Instagram @simonetebet
Os dois candidatos não tinham nem mesmo o telefone um do outro - Imagem: reprodução Instagram @simonetebet

Manoela Cardozo Publicado em 05/10/2022, às 12h40


Simone Tebet (MDB-MS) almoçou nesta quarta-feira (05) com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na casa da ex-prefeita Marta Suplicy, na capital paulista, a fim de formalizar o apoio ao petista no segundo turno.

O partido da candidata anunciou na manhã desta quarta-feira (05)  que manterá a neutralidade e liberou os diretórios a se posicionarem como preferirem.

Na última terça-feira (04), Tebet esteve com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), também em São Paulo.

Por volta do meio dia, Lula deixou a produtora onde grava seus programas de TV e se dirigiu até a casa de Marta. Lá, ele e Tebet devem conversar sobre o apoio dela no segundo turno.

O apoio de Simone a Lula já está pacificado no partido. Desde o início da campanha eleitoral, ela havia deixado claro que seu principal adversário na disputa era o presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com fontes próximas à senadora, a conversa dela com o petista vai definir se o apoio à sua candidatura será apenas crítico ou se virá também acompanhado de uma maior participação no processo eleitoral.

Simone Tebet deve se pronunciar publicamente ainda hoje, em entrevista coletiva. Ainda não se sabe se ela estará acompanhada de Lula quando vier a falar.

Como Lula e Tebet não possuem nenhuma relação pregressa, Alckmin foi o intermediário que inaugurou uma conversa entre o primeiro e a terceira colocada na disputa presidencial.

A senadora e o ex-governador paulista compartilham pensamentos políticos parecidos e Alckmin é visto de fora como a figura que mais representa o centro democrático na campanha do ex-presidente.

Em conversa com Alckmin, Tebet trouxe à tona questões que a preocupam. A falta de sinais do que Lula pretende fazer, caso seja eleito, foi uma delas. Assim como a ausência de propostas concretas para que novos escândalos de corrupção evitem atingir um possível governo.

A senadora não pretende tratar da participação em um eventual governo, como alguns integrantes da campanha de Lula sugeriram em outras ocasiões.

Na verdade, ao que tudo indica, Tebet tem se queixado desse tipo de insinuação. Aparentemente, ela está em busca de uma segurança maior do ex-presidente para que possa 'emprestar' seu rosto para a campanha.

Lula e Tebet nem ao menos tinham o número de telefone um do outro até a última segunda-feira (03), quando a emedebista foi surpreendida por uma ligação da esposa do ex-presidente, Janja Silva.

O telefonema da socióloga serviu de ponte para que o petista e a candidata do MDB se falassem pela primeira vez depois do resultado das eleições.

Estabeleceu-se que esse primeiro contato foi apenas para 'quebrar o gelo' entre os candidatos, segundo alguns aliados.

Na rápida ligação, Lula parabenizou a senadora pelo desempenho na eleição presidencial e solicitou um encontro logo depois da Executiva Nacional anunciar o posicionamento de neutralidade oficial do partido no segundo turno.

Compartilhe  

últimas notícias