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Crime

PCC investe quase R$ 3 milhões em esquema para matar Sérgio Moro, diz investigadores

O plano envolveria vários imóveis para auxiliar no sequestro do senador, em Curitiba, no Paraná

Ex-juiz e senador Sérgio Moro (União Brasil) - Imagem: reprodução/Facebook
Ex-juiz e senador Sérgio Moro (União Brasil) - Imagem: reprodução/Facebook

Mateus Omena Publicado em 22/03/2023, às 17h03


Após a revelação de que o Primeiro Comando da Capital (PCC) planejava o assassinato de Sérgio Moro (União Brasil), foi descoberto que a organização investiu US$ 550 mil (R$ 2,9 mihões) no plano de um atentado o ex-juiz.

Segundo o portal UOL, o dinheiro foi usado para elaborar uma estrutura na região metropolitana de Curitiba (PR) que envolvia chácaras, veículos blindados e armas.

A organização começou a colocar o plano em prática entre julho e outubro de 2022. Criminosos fizeram o levantamento de endereços ligados à família do ex-juiz.

No entanto, se não fosse possível sequestrar ou matar o ex-juiz, o PCC tentaria sequestrar a filha dele, Julia, como plano B.

Diante das ameaças, a Polícia Militar (PM) fazia escolta de Moro há pelo menos um mês. Após ser informada extraoficialmente sobre o plano do PCC, a Secretaria da Segurança Pública do Paraná solicitou que a PM fizesse a proteção armada da família do senador.

Além de Moro, o promotor Lincoln Gakiya também era alvo do ataque organizado pelo PCC, como retaliação a um mandado de prisão contra uma liderança da facção, informou a Band News.

As informações sobre a investigação foram divulgadas pela PF e por fontes ligadas ao sistema prisional federal e às forças de segurança do Paraná e de São Paulo.

O caso está sendo apurado pela PF, Ministério Público e Departamento Penitenciário.

Os investigadores acreditam que o plano do PCC selecionou autoridades que causavam algum tipo de “descontentamento." Entre eles, estava listado também Lincoln Gakiya, promotor de São Paulo.

“Aparentemente é uma ação nacional de retaliação em face de agentes públicos vários e obviamente uma ação de intimidação em relação ao conjunto de autoridades públicas. Ou seja, uma ação que tem um corte terrorista”, declarou Flávio Dino, ministro da Justiça.

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