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Cúpulla do Brics

Lula reforça necessidade de novas estratégias para comércio global no Brics

O presidente não pode comparecer presencialmente a Cúpula do Brics

O presidente não pode comparecer presencialmente a Cúpula do Brics - Imagem: Reprodução / Marcelo Camargo / Agência Brasil
O presidente não pode comparecer presencialmente a Cúpula do Brics - Imagem: Reprodução / Marcelo Camargo / Agência Brasil

Gabriela Thier Publicado em 23/10/2024, às 18h21


Em um pronunciamento realizado nesta quarta-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou a necessidade de estabelecer mecanismos de pagamento alternativos para as transações comerciais entre os países integrantes do Brics. A declaração foi feita durante a 16ª Cúpula de Líderes do Brics, evento sediado em Kazan, Rússia, do qual Lula participou remotamente a partir de Brasília.

O presidente destacou que tal iniciativa visa mitigar as vulnerabilidades das nações envolvidas e corrigir as desigualdades presentes no atual sistema financeiro global. “Não se trata de substituir nossas moedas. Mas é preciso trabalhar para que a ordem multipolar que almejamos se reflita no sistema financeiro internacional. Essa discussão precisa ser enfrentada com seriedade, cautela e solidez técnica, mas não pode ser mais adiada”, afirmou Lula.

Além dessa questão, o presidente abordou temas já comuns em suas intervenções em eventos internacionais. Ele enfatizou a importância do combate às mudanças climáticas e à fome, criticou conflitos no Oriente Médio e Leste Europeu, defendeu a tributação dos super-ricos e pleiteou pela democratização das instituições multilaterais.

Esta cúpula marca a estreia dos cinco novos membros que se juntaram ao bloco neste ano: Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia. Até o ano anterior, o Brics era composto exclusivamente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

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