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Crime Eleitoral!

Médico é flagrado coagindo pais de recém-nascido a votarem em candidato à presidência; assista

A deputada Lívia Duarte (PSOL) solicitou investigação no Conselho Regional de Medicina

A cena foi gravada pelo próprio médico após o parto - Imagem: reprodução/Facebook
A cena foi gravada pelo próprio médico após o parto - Imagem: reprodução/Facebook

Mateus Omena Publicado em 25/10/2022, às 18h34


Um médico obstetra foi gravado coagindo os pais de um recém-nascido a voltarem no Jair Bolsonaro (PL), que concorre à reeleição no pleito de 2022. O crime eleitoral aconteceu em
Belém, no Pará.

A cena foi registrada em vídeo pelo próprio médico e compartilhada em seu perfil, no último sábado (22). Na postagem, ele associou a data do nascimento da criança ao número do candidato Bolsonaro.

“Eu sou Gael, já nasci 22 e vou votar no Bolsonaro", diz no vídeo enquanto aponta a câmera para o bebê. E prossegue. "Eu vou começar a reclamar aqui no hospital para diferenciar o negócio do pai, eles botam uma roupa vermelha. O doido não vem dizer que vai votar no Lula... Rapaz, tu quer que eu vá embora e nem opere ela”, afirma.

No entanto, diversos internautas criticaram a ação do médico e ele decidiu deletar o vídeo. Mesmo assim, as imagens se espalharam em outras contas na web.

Identificado como Allan Rendeiro, o médico é um engajado apoiador de Jair Bolsonaro e compartilha conteúdos com críticas ao ex-presidente Lula, PT, o STF e diversos movimentos de esquerda nas redes sociais. Algumas das postagens foram sinalizados como falsas pelo próprio Facebook.

Devido à repercussão do caso, a deputada estadual eleita Lívia Duarte, do PSOL do Pará, entrou com pedido de investigação administrativa junto ao Conselho Regional de Medicina por assédio eleitoral contra o médico.

"Hoje (25), solicitamos ao MP providências quanto ao caso de assédio moral e eleitoral em ambiente médico. O crime foi praticado pelo médico Allan Henrique Fernandes Rendeiro", escreveu a deputada em um post nas redes sociais.

Em entrevista ao jornal Estadão, Rendeiro justificou que é amigo da família e que o vídeo foi editado para simular o suposto assédio.

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