Governo suspeita que Exército protegeu familiares de militares envolvidos em atos golpistas

Ministros do Palácio do Planalto e outros aliados do presidente Lula (PT) suspeitam de que o Exército ajudou a proteger familiares de militares, especialmente os da reserva, que estavam acampados na porta dos quartéis, como apoio aos atos golpistas.

A hipótese foi levantada no último domingo (8), quando homens do Exército impediram a desmontagem do acampamento em frente ao Quartel-General, em Brasília, segundo o colunista Igor Gadelha, do jornal Metrópoles.

A ação havia sido ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Durante o episódio, os policiais militares que tentaram cumprir a ordem foram impedidos por integrantes do Exército.

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Os ministros do Planalto informaram que os militares de alta patente contaram para alguns membros do governo que apenas permitiriam a desmobilização dos acampamentos na manhã da segunda-feira (9), como ocorreu.

No entanto, os aliados de Lula acreditam que, durante a madrugada, os integrantes do Exército retiraram os militares da reserva e seus familiares do acampamento, para evitar que fossem detidos.

As desconfianças sobre as Forças Armadas aumentaram desde o fim da eleição presidencial. Mas, a situação se agravou com os recentes episódios de violência e ataques contra a democracia, por parte de grupos de extrema direita.

Na tarde do último domingo (8), apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) furaram bloqueio da polícia e invadiram a Esplanada em Brasília (DF). 

Na confusão, os prédios do STF (Supremo Tribunal Federal), Congresso Nacional e o Palácio do Planalto foram depredados e itens de valor foram roubados pelos terroristas.