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Insegurança Alimentar

Governo Lula lança programa contra a fome no país; entenda

O presidente criticou governantes por irresponsabilidade no combate

O presidente criticou governantes por irresponsabilidade no combate - Imagem: Reprodução / Ricardo Stuckert
O presidente criticou governantes por irresponsabilidade no combate - Imagem: Reprodução / Ricardo Stuckert

Gabriela Thier Publicado em 16/10/2024, às 15h58


O governo federal apresentou nesta quarta-feira (16), duas iniciativas significativas voltadas para o fomento da produção de alimentos e o combate à fome no Brasil. Trata-se do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planaab) e do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), lançados em uma cerimônia realizada em Brasília, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Coincidindo com as celebrações do Dia Mundial da Alimentação, o governo revelou que o Planaab abrangerá 29 iniciativas e 92 ações estratégicas, sob a designação "Alimento no Prato". O programa visa a ampliação de mercados populares e a criação de novas centrais de abastecimento alimentar em território nacional. Entre as regiões contempladas, destacam-se o Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte, Sergipe e São Paulo, que receberão seis novas unidades.

Durante a apresentação das medidas, o presidente Lula expressou sua indignação frente ao dado alarmante revelado pelo Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU), que aponta que mais de 700 milhões de pessoas vivem em situação de fome ao redor do mundo. “A gente fica estarrecido com o número de 733 milhões de seres humanos que vão dormir toda noite sem ter o que comer. É uma coisa inexplicável", destacou o presidente.

No âmbito das ações locais anunciadas, o projeto Alimento no Prato incluirá o programa Arroz da Gente, focado na expansão da produção de arroz e na formação de estoques estratégicos. Produtores poderão firmar contratos de opção com o governo, garantindo assim a compra da produção por preços previamente acordados. Estima-se um investimento governamental na ordem de 1 bilhão de reais para aquisição de até 500 mil toneladas do cereal.

Por outro lado, o Planapo está direcionado ao incentivo à produção orgânica, prevendo um aporte total de 9 bilhões de reais distribuídos em diversos eixos: produção; construção de conhecimento e comunicação; terra e território; uso e conservação da agrobiodiversidade; saúde e cuidados com a vida; e sociobiodiversidade.

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