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Concessão renovada

Bolsonaro volta atrás e renova concessão da Globo, diz colunista

A decisão será publicada no Diário Oficial da próxima quarta-feira (21)

Record e Band também tiveram a renovação assinada - Imagem: reprodução/Twitter @ultimosegundo e @Choquei
Record e Band também tiveram a renovação assinada - Imagem: reprodução/Twitter @ultimosegundo e @Choquei

Thais Bueno Publicado em 20/12/2022, às 19h20


Grande crítico da Rede Globo de televisão, o presidente Jair Bolsonaro (PL)assinou, nesta terça-feira (20), a renovação das concessões de Globo, Record e Bandeirantes por mais 15 anos.

De acordo com informações do colunista Lauro Jardim, do veículo O Globo, a decisão a favor das três emissoras (Globo, Record e Bandeirantes) será publicada oficialmente no Diário Oficial da próxima quarta-feira (21).

Vale mencionar que, na última semana, na segunda-feira (12), Jair Bolsonaro já tinha renovado a concessão de emissoras do SBT pelos mesmos 15 anos. A assinatura do documento ocorreu justamente no mesmo dia do aniversário de 92 anos de Sílvio Santos, dono do canal de televisão.

A validade da concessão cedida anteriormente havia terminado em outubro deste ano para cinco emissoras da Globo nas regiões de Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Recife. A empresa, então, entrou com o pedido de renovação; contudo, ainda não tinha recebido resposta oficial.

Depois de ter falado em live, no ano de 2020, que não assinaria a renovação da concessão da empresa carioca, ele decidiu voltar atrás após sair derrotado das eleições presidenciais de 2022. Dessa forma, resolveu não deixar que a decisão fosse tomada por Lula e pudesse, de algum modo, gerar benefícios ao petista.

"Globo, não tem dinheiro para vocês. Em 2022... Não é ameaça não. Assim como faço para todo mundo, vai ter que estar direitinho a contabilidade, para que você [Globo] possa ter sua concessão renovada. Se não tiver tudo certo, não renovo a de vocês nem a de ninguém", falou Bolsonaro dois anos atrás.

Vale lembrar também que, antes das eleições, o Governo Bolsonaro teria ignorado um documento criado por servidores técnicos do Ministério das Comunicações, solicitando que um novo fosse feito por servidores em cargos comissionados.

O novo item, por sua vez, teria mostrado 33 supostas irregularidades da Globo durante o período de concessão atual, incluindo uma politização da emissora e o uso de cenas em novelas que iriam contra os valores familiares defendidos pelo presidente.

Ainda que o político tivesse decidido contra a renovação da concessão, o Congresso e o Senado ainda discutiram o tema. Três quintos dos deputados precisariam votar a favor do presidente caso quisessem que o documento não fosse assinado.

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