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Bolsa Família: governo inicia pagamento do maior valor da história na segunda-feira

A ação contempla gestantes e famílias com crianças e adolescentes de 7 a 18 anos

Bolsa Família - Imagem: reprodução/Governo Federal
Bolsa Família - Imagem: reprodução/Governo Federal

Mateus Omena Publicado em 18/06/2023, às 10h31


As famílias contempladas pelo programa Bolsa Família começam a receber os pagamentos de junho com o adicional de R$ 50, a partir desta segunda-feira (19).

O aumento vale para gestantes e famílias com crianças e adolescentes de 7 a 18 anos. Esse valor se soma aos R$ 150 por criança de zero a 6 anos de idade em famílias chefiadas por mulheres.

A partir dessa medida, o tíquete médio recebido por família atingirá o maior valor da história do programa de transferência de renda, chegando a R$ 705,40, segundo informou o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

De acordo com o Governo Federal, a região Norte é a responsável pelo maior benefício médio de todo o país. São R$ 740,37 destinados a cada família contemplada pelo programa.

Depois, aparece a região Centro-Oeste, que tem o benefício médio de R$ 721,16, seguida pelo Sul com R$ 711,28. No Sudeste, as famílias atendidas recebem, em média, R$ 700,26, enquanto no Nordeste o valor é de R$ 696,76.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, o Bolsa Família está contemplando atualmente 21,2 milhões de famílias. O orçamento de junho do programa é de R$ 14,97 bilhões, o que também é um valor recorde de pagamento mensal.

"Os acréscimos garantem que 9,8 milhões de famílias recebam mais recursos neste mês do que em maio. Até então, o maior benefício médio já registrado era o do mês passado, quando os lares brasileiros receberam, em média, R$ 672,45. Com esse dinheiro, as famílias mais pobres compram alimentos, suprem outras necessidades, e o dinheiro circula na economia, principalmente nos lugares mais pobres, e impacta na economia local", informou a pasta, em nota.

Nova gestão?

O programa Bolsa Família retornou ao seu modelo original desenhado no primeiro governo de Lula, nos anos 2000. O principal deles é justamente a retomada das contrapartidas das famílias beneficiárias, como a manutenção da frequência escolar das crianças e a atualização da caderneta de vacinação.

Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), o benefício foi substituído pelo Auxílio Brasil, que não exigia essas contrapartidas.

Segundo o Governo Federal, o Bolsa Família também terá foco na atualização do Cadastro Único e integração com o Sistema Único de Assistência Social (Suas), com a busca ativa para incluir quem está fora do programa e a revisão de benefícios com indícios de irregularidades. O ministro da Assistência e do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou que haverá integração com mais 32 programas de governo voltados para a qualidade de vida da população.

Os novos valores do Bolsa Família foram assegurados com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, no fim de 2022, que estabeleceu que o novo governo terá R$ 145 bilhões além do teto de gastos, dos quais R$ 70 bilhões serão para custear o benefício social.

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