De acordo com o parlamentar, ele foi até a unidade de saúde após receber ligações de pacientes reclamando sobre exames de mamografia desmarcados na unidade de saúde. E quando conversava com funcionários da empresa terceirizada, que realiza os exames, e gravava com um celular mulheres que aguardavam para fazer o exame, um dos assessores do prefeito começou a discutir com ele e depois o agrediu com um tapa na cara.
“Ele disse para mim que eu estava dando trabalho e aí eu falei para ele que ele era pago para defender o prefeito e eu para defender a população. Aí ele ficou bravo e nisso ele deu um tapa no meu rosto e derrubou meu celular no chão”, conta. Ainda de acordo com vereador, o assessor precisou ser retirado do local por seguranças do hospital.
Mamografia
Leitinho diz que o motivo da confusão é mau funcionamento do aparelho de mamografia do hospital. De acordo com o vereador, o equipamento constantemente está quebrado e que a empresa terceirizada contratada pela prefeitura não resolve o problema.
O vereador ainda diz que a terceirizada assumiu há um mês o serviço no hospital, porque a Prefeitura não quitou os débitos pendentes com a empresa que fazia os exames anteriormente.
Crise
A confusão com o vereador Leitinho faz parte de mais um episódio da crise na saúde de Nova Odessa. Nesta sexta-feira, o prefeito de Nova Odessa ,Benjamim Bill Vieira de Souza, exonerou o secretário Municipal de Saúde, Sérgio Molina. A exoneração ocorreu em meio à crise no Hospital Municipal e Maternidade Doutor Acílio Carreon Garcia,. Há suspeita que quatro mortes ocorridas na unidade de saúde tenham sido causada por negligência e erro médico, sendo que o caso mais recente é o da menina Larissa de Oliveira Soares, de 12 anos, morta no dia 23 de outubro.
Sindicância
O Conselho Regional de Medicina (Cremesp) decidiu abrir sindicância para investigar as mortes ocorridas no Hospital Municipal e Maternidade Doutor Acílio Carreon Garcia, em Nova Odessa (SP). Em nota enviada, a Secretaria de Saúde de Nova Odessa informa que instaurou processo administrativo para apurar as mortes.
Revolta
A situação no hospital municipal de Nova Odesa tem causado revolta na população que chegou a lotar as dependências da Câmara Municipal de Nova Odessa, no dia 24 de outubro, para exigir providências em relação ao caso da menina Larissa Oliveira.
Em meio a xingamentos e palavras de ordens, populares pressionaram os parlamentares para aprovarem o requerimento de abertura de uma Comissão Especial de Inquerito (CEI), protocolado pelos vereadores Carla Furini de Lucena (PSDB), Sebastião Gomes dos Santos (PMDB), o Tiãozinho do Klavin, e Angelo Roberto Réstio (PMDB), Nenê Réstio, para investigar se houve negligência na morte da menina.
Logo no início da sessão, o vereador Angelo discutiu com populares e resolveu deixar o local, prometendo abrir um boletim de ocorrência contra colegas parlamentares, que segundo ele, estavam instigando a população a se manifestar. A Guarda Municipal chegou a ser chamada para reforçar a segurança no local, segundo a assessoria de imprensa da Câmara.
Como o parlamentar Angelo Roberto Réstio, um dos vereadores responsáveis pelo protocolo do requerimento, deixou a Câmara Municipal antes da votação, o requerimento não pode ser lido e consequentemente não foi colocado em votação.