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Terrorismo

Veja tudo o que se sabe sobre o apoiador de Bolsonaro acusado de terrorismo

O homem foi preso no último sábado (24)

Veja tudo o que se sabe sobre o apoiador de Bolsonaro acusado de terrorismo - Imagem: reprodução
Veja tudo o que se sabe sobre o apoiador de Bolsonaro acusado de terrorismo - Imagem: reprodução

Nathalia Jesus Publicado em 26/12/2022, às 12h50


O empresário George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, foi preso por terrorismo na véspera de Natal, no último sábado (24), em Brasília, acusado de montar uma bomba instalada em um caminhão de combustível próximo ao aeroporto da capital federal.

De acordo com a Polícia Civil, o homem é apoiador do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e os crimes tiveram motivação ideológica.

No apartamento em que foi encontrado, no Sudoeste do Distrito Federal, também foi apreendido um arsenal de alto calibre, munições e artefatos explosivos. Entre o material apreendido estavam: um fuzil AR10, duas espingardas calibre 12, 30 cartelas de munição 357 magnum, 39 cartelas de munição 9 mm e 2 caixas com 50 munições 9 mm.

Segundo as investigações, George é natural do Pará e saiu do estado em direção à Brasília para participar de atos em frente aos quartéis do DF.

O empresário admitiu ser o portador dos artefatos e revelou que transportou todo o material em um carro próprio que utilizou para fazer a viagem. O homem tinha registro como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), porém, o documento estava em situação irregular, portanto ele não poderia estar em posse do armamento.

Em uma entrevista coletiva, o delegado-geral da Polícia Civil, Robson Candido, afirmou que o serviço de inteligência foi utilizado para localizar o acusado:

"Tão logo a Polícia Civil tomou conhecimento, a nossa área de inteligência também, o pessoal da Coordenação de Inteligência, juntamente com os policiais da 10ª DP, iniciaram as investigações e, com as informações que foram surgindo, conseguiram agora à noite efetuar essa prisão desse indivíduo".

O diretor-geral ainda classificou a ação como fruto de "extremismo político" e informou que o empresário teria admitido que o plano teria cunho político:

"O que ele fala é que queria, o grupo dele, queria e gostaria de chamar atenção, justamente para ir para o aeroporto, explodir lá esse artefato, justamente para causar um tumulto dentro da nossa cidade, com esse motivo ideológico deles, político."

Ainda de acordo com a Polícia Civil, inicialmente, o plano do grupo era instalar os explosivos em um poste, na intenção de interromper o fornecimento de energia elétrica na cidade. Contudo, o material acabou sendo instalado em um caminhão de combustível próximo ao Aeroporto de Brasília por um outro integrante do grupo ainda não identificado.

George Washington teria admitido que queria provocar um "estado de sítio" no país, que é quando há restrições de direitos à atuação do Legislativo e Executivo, além de dar vazão a uma ação do Exército.

A Polícia Civil afirma que tem certeza que o homem não agiu sozinho no crime e, pelo menos, um outro suspeito já foi identificado. No entanto, ninguém mais foi preso pela ação.

George Washington de Oliveira Sousa foi autuado por terrorismo e teve a prisão decretada no domingo (25) por tempo indeterminado. Ainda no domingo, o empresário foi transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda.

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