"Eu espero que ele seja preso e pague pelo que fez. Ele estava consciente do que estava fazendo, e não teve arrependimento em momento algum". O desabafo é de
Redação Publicado em 11/06/2021, às 00h00 - Atualizado às 07h40
“Eu espero que ele seja preso e pague pelo que fez. Ele estava consciente do que estava fazendo, e não teve arrependimento em momento algum”. O desabafo é de Mariusa da Quadra, uma das irmãs de Márcia Lanzane, de 44 anos, que, segundo apontam as investigações da Polícia Civil, foi morta pelo próprio filho, Bruno Eustáquio Vieira, de 23.
O Ministério Público aponta que o suspeito cometeu o crime por interesse na herança. A Justiça decretou a prisão preventiva dele, que é procurado pelas autoridades policiais. A defesa nega a acusação.
Mariusa relata que a família suspeitou de Bruno desde quando o laudo apontou morte por asfixia. O crime ocorreu em 2020, em Guarujá, no litoral paulista. De acordo com ela, para todos da família, apesar das suspeitas, foi um “choque” saber que ele realmente havia matado a mãe.
“Saber que tinha sido ele, para nós, foi um choque, por mais que a gente suspeitasse. Depois que a gente viu as imagens, e que vimos a forma fria como ele tratou a mãe dele, desabou o nosso mundo. Não é esse menino que a gente viu crescer, não é esse menino que a gente tinha como sobrinho. Se mostrou totalmente outra pessoa, e muito frio.”
“Agora, queremos justiça, que ele pague pelo que fez. Ele acabou com a vida dela, com a dele e com a nossa. Ela fez de tudo por ele, brigava com a gente para defender ele, e ele faz isso. Não tem perdão”, desabafa Mariusa.
A outra irmã de Márcia, Minervina Lanzane da Quadra, também afirma ter ficado surpresa com a atitude de Bruno, já que ele sempre foi muito amado pela família e tratado com muito carinho pela mãe.
“Ele mudou totalmente, da água para o vinho. As últimas palavras que escutei da minha irmã foram: ‘a soberba do Bruno é a destruição dele. Ele está insuportável, eu não vou pedir nada para ele, depois a gente conversava sobre isso'”, relembra.
Segundo Minervina, o momento é muito difícil e de muita dor para todos que conheciam Márcia e o filho. “É muito difícil, porque ele tinha tudo, e ela deixou de viver para viver para ele. A vida inteira dei conselho para ele, para ele sempre ir pelo certo. Para que? Para ele se tornar um assassino? O menino que eu amava, que eu ajudei a criar, aquele menino morreu no dia em que matou a minha irmã. Ele destruiu a nossa família, matou a minha irmã, que era cheia de vontade de viver. Ele tem que pagar”, relata emocionada.
De acordo com Minervina, Bruno chegava a mentir aos amigos sobre o bairro onde morava, por vergonha de viver em uma localidade mais simples da cidade. “Ele tinha vergonha de falar o bairro que morava, até mentia que morava nas Astúrias. Agora, eu não entendo, sempre fomos de família humilde, e nunca tivemos vergonha, porque isso não é importante, e sim, o caráter. E ele não tem caráter. Eu não sei aonde ele se perdeu, quando se transformou nesse monstro, mas ele é o assassino da minha irmã, isso não tem como apagar”, lamenta.
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G1
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