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Rio Grande do Sul

Prefeito admite que Porto Alegre não tem imóveis para acomodar todos desabrigados

Em entrevista concedida Sebastião Melo demonstra incerteza sobre moradia de desalojados pela enchente

Prefeito admite que Porto Alegre não tem imóveis para acomodar todos desabrigados - Imagem: Reprodução/Fotos Públicas
Prefeito admite que Porto Alegre não tem imóveis para acomodar todos desabrigados - Imagem: Reprodução/Fotos Públicas

Gabrielly Bento Publicado em 17/05/2024, às 15h08


As fortes chuvasque atingiram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas deixaram um rastro de destruição e milhares de pessoas desabrigadas. Em Porto Alegre, a capital gaúcha, a situação é particularmente crítica, com cerca de 15 mil pessoas sem lar, número que pode chegar a 30 mil, segundo o prefeito Sebastião Melo.

“Não tem imóveis disponíveis nesse momento para atender as milhares de pessoas que estão desabrigadas no Rio Grande do Sul. Esses 15 mil que estão nos abrigos [em Porto Alegre] vão se transformar em 30 mil, porque no mínimo tem mais 15 mil que estão morando de um jeito ou do outro, que também estão sem casa e também não tem como voltar para suas casas.”, disse Melo em entrevista à Folha de S.Paulo.

Porto Alegre foi a cidade mais afetada pelas inundações. Segundo o prefeito, aproximadamente 30 mil pessoas necessitarão de novas residências. Melo informou que solicitou ao governo federal a criação de um programa habitacional para ajudar essas pessoas.

“Então, se eu falar de 30 mil pessoas, imaginamos o seguinte, tá falando aí no mínimo de 10 mil moradias, 8.000 moradias só em Porto Alegre, e tu não tem esse estoque nem com aluguel social, então, vamos ter que criar aí espaços solidários, espaços em que você pode acolher da forma possível, estou levantando prédios que hoje estão destinados para algumas coisas, seja federal, estadual, municipal, que possa acolher provisoriamente”, continuou sua fala para o jornal.

Durante a entrevista, o gestor da cidade rebateu as críticas de especialistas e da população em geral, que o acusavam de negligência na preservação e insuficiência de investimentos no sistema de proteção de inundações. Apesar das reprovações, ele admitiu que as medidas tomadas até o momento não foram satisfatórias.

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