Acusado de tentar matar dois jornalistas, supostamente a mando do vereador Lucas Sanches, que é candidato a prefeito de Guarulhos pelo PL, Matheus Marinho foi preso nesta segunda
Jair Viana Publicado em 13/08/2024, às 11h35
Preso em Arujá, Matheus Henrique Barbeiro Garreti Marinho, de 31 anos, suspeito de envolvimento na dupla tentativa de assassinato, supostamente "encomendada" pelo vereador de Guarulhos, Lucas Sanches (PL), hoje, candidato a prefeito, ocorrida no último dia 5, pode provocar uma reviravolta e envolver muita gente. O telefone celular apreendido com o rapaz, segundo um policial, pode levar a polícia ao mandante e outros envolvidos.
O mandado de prisão, a pedido da Polícia Civil, que atua no caso desde o início, foi decretada pela juíza Patrícia Padilha, do Fórum de Plantão de Guarulhos. Matheus Marinho está sendo investigado, sua prisão temporária pode ser convertida em preventiva.
O CRIME
No dia 5 deste mês, em frente à Padaria São Bento, na Vila Augusta, os jornalistas Caique Marcatt e Valdir Pimenta Júnior (editor do Jornal de Guarulhos) foram agredidos a pauladas, socos e chutes por quatro homens. Logo após o crime, ainda ensanguentados e sem socorro, as vítimas gravaram vídeo que viralizou nas redes sociais, denunciando as agressões.
No vídeo, os jornalistas acusam homens da campanha política do vereador Lucas Sanches. Eles chegam a citar nomes, afirmando que são pessoas ligadas ao político. No dia, procurado pela reportagem, o vereador e candidato a prefeito negou qualquer envolvimento com as agressões. Em nota de suas assessorias jurídica e de imprensa, o político diz não compactuar com a violência.
RETALIAÇÃO
Em retaliação à publicação do caso, a coligação de Lucas Sanches entrou com ação na Justiça Eleitoral contra o jornal. A juíza Priscila Devechi Ferraz Maia, da 279ª Zona Eleitoral, sem ouvir o Ministério Público e o jornal, decidiu pela censura e determinou, sem uma fundamentação clara, a remoção da reportagem sobre a suspeita de envolvimento do candidato Lucas Sanches. O Diário, acatou a decisão, mas recorreu e está adotando procedimentos contra a magistrada junto à Corregedoria do Tribunal de Justiça e ao Conselho Nacional de Justiça.
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