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PM joga spray de pimenta durante empurra-empurra na CPI da Merenda

Estudante passou mal com o spray; PM diz que 2 policiais foram agredidos.

PM joga spray de pimenta durante empurra-empurra na CPI da Merenda
PM joga spray de pimenta durante empurra-empurra na CPI da Merenda

Redação Publicado em 14/09/2016, às 00h00 - Atualizado às 15h25


Estudante passou mal com o spray; PM diz que 2 policiais foram agredidos.

Cinegrafista da GloboNews foi agredido por PM; Capez depõe.

Policiais militares jogaram spray de pimenta no corredor da Assembleia Legislativa de São Paulo após um empurra-empurra para entrar na sessão da CPI da Merenda desta quarta-feira (14). Muitos estudantes não puderam entrar na sala.

Um estudante passou mal com spray e foi atendido por um brigadista do Corpo de Bombeiros. Às 9h40, estudantes bloquearam as entradas do plenário e cantaram a música: “se eu não entro, ninguém entra”.

Segundo a assessoria da PM, dois policiais militares, um deles mulher, foram feridos por manifestantes. Um dos supostos agressores foi levado à delegacia (veja nota abaixo)

A polícia disse que jogou o spray após a agressão, mas o Manual de Controle de Distúrbios Civis e o Manual Básico de Policiamento Ostensivo, ambos da Polícia de Militar de São Paulo, dizem que o uso de spray de pimenta, bombas de gás lacrimogêneo e outros “agentes químicos” não podem ser usados em “altas concentrações” e em ambientes sem rota de fuga porque contribuem para situações de pânico.

“Altas concentrações de [agentes químicos] causam temporariamente cegueira e outros transtornos, como pânico, deixando indefesos os membros da multidão”, diz o manual.

O presidente do DCE da Fatec, Henrique Domingues, contou que cerca de 25 estudantes acamparam em frente à Alesp na noite desta terça para serem os primeiros a entrar. Quando abriu a porta e eles entraram, por volta de 8h20, já havia sete pessoas na fila para entrar na parte de baixo (o número de cadeiras disponíveis ) e 15 em cima, no mezanino (o número das cadeiras disponíveis também). Por isso os estudantes se revoltaram, porque não queriam ficar sem entrar.

“Utilizaram da velha estratégia de trazer pessoas antes pra ocupar os lugares do plenário e não deixar os estudantes entrarem. Só que hoje foi muito pior porque acampamos aqui na porta da Alesp e em tese fomos os primeiros a chegar”, disse.

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