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Tribunal do crime

Mulher é resgatada de 'tribunal do crime' do PCC, mas tem final trágico por motivo absurdo

A vítima foi sequestrada por traficantes do PCC e encontrada pela Polícia Militar

Mulher é resgatada de 'tribunal do crime' do PCC, mas tem final trágico por motivo absurdo - Imagem: reprodução
Mulher é resgatada de 'tribunal do crime' do PCC, mas tem final trágico por motivo absurdo - Imagem: reprodução

Nathalia Jesus Publicado em 02/12/2022, às 10h50


Karina Martins Bezerra, de 26 anos, foi levada por integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) a um local onde seria submetida a um "tribunal do crime". Antes de ser "julgada" a Polícia Militar conseguiu encontrar a jovem. Todo o resgate foi registrado pelas câmeras acopladas nas fardas dos agentes.

Karina havia sido sequestrada no dia 15 de agosto deste ano e levada para um lugar escondido em uma favela da zona leste de São Paulo.

Em seu depoimento, a mulher contou para a Polícia Militar que havia sido levada de um bar do Itaim Paulista por ter recusado beijar um traficante do grupo.

Segundo a Polícia Civil, dez dias depois do ocorrido, a jovem foi novamente localizada por integrantes da facção criminosa e assassinada na favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. O corpo da jovem ainda não foi localizado.

Seis pessoas foram presas preventivamente após o "tribunal do crime" do PCC, mas todos negaram envolvimento na ação, mesmo aparecendo nos vídeos registrados pelas câmeras dos policiais.

A vítima foi socorrida após a agentes receberem uma denúncia anônima que dizia que havia uma mulher sob poder de um grupo criminoso. No vídeo é possível ver policiais militares do 4° Baep (Batalhão de Ações Especiais da Polícia) chegando no local onde ocorreria o "julgamento" de Karina.

Também é possível observar que a vítima estava sentada em banco de madeira e cercada por outras pessoas. No momento do resgate, policiais deram voz de prisão para os "guardas" da jovem que tentaram fugir, mas foram contidos pela equipe.

As causas do desaparecimento de Karina ainda são investigadas, contudo a polícia trabalha com a hipótese de que houve "vingança" pela prisão dos outros integrantes do PCC. Os agentes ainda trabalham na localização do corpo da jovem para que a investigação possa ser concluída.

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