O caso foi denunciado durante o último domingo (23)
Thais Bueno Publicado em 27/04/2023, às 21h17
No último domingo (23), os pais de um garoto de apenas 10 anos foram atrás do Conselho Tutelar para fazer uma denúncia. Segundo eles, o filho foi vítima de um estupro coletivo por parte de adolescentes, dentro do pátio da própria escola onde estuda.
De acordo com informações da polícia, apuradas pelo portal Folha Max, o caso aconteceu na comunidade rural de Estrela do Oriente, que fica em Livramento, cidade localizada a 42 quilômetros de Cuiabá, capital do estado do Mato Grosso (MT).
Os pais do menino também fizeram a denúncia do crime na delegacia da Polícia Civil. Os principais agressores, conforme explicitado no boletim de ocorrência, são quatro adolescentes que têm entre 10 a 15 anos de idade.
Os familiares ficaram sabendo do abuso pois a vítima contou para sua professora o que tinha acontecido. Dessa forma, ela avisou os pais.
Uma das professoras que ouviu o relato do menor de idade contou o seguinte em uma entrevista para o programa Cadeia Neles, exibida pela TV Vila Real:
"Ele disse que pegaram ele e um esfregava o pênis nele e o outro enfiava o dedo nas nádegas. O menino estava muito assustado e chorando e queria que fosse resolvido o caso".
Após ficar sabendo sobre o crime de violência sexual, a diretora do colégio decidiu agir, levando o garoto até a casa da avó.
No entanto, ela já até chegou a mencionar para a família que, enquanto a Justiça não tivesse uma decisão efetiva sobre o caso, ela não poderia expulsar os alunos que abusaram do menino da instituição de ensino.
Quando ficou sabendo da fala da diretora da escola, a mãe da vítima ficou furiosa. Ela afirmou que a direção foi omissa e não agiu do modo que deveria durante todo o ocorrido.
"Depois que ela saiu da casa da avó do meu filho, por que ela não procurou diretamente o Conselho Tutelar? Ela foi procurar depois de uma semana, ainda por telefone. E se fosse o filho dela? Ela teria o mesmo posicionamento?", desabafou a mulher.
"Sem contar que ainda criticou a professora que repassou o caso para nossa família e exigiu que fossem tomadas providências. Eu já estudei nesse colégio, nunca tive isso e meu filho também estudava lá há muitos anos, porém uma atitude da secretária de Educação de unir classes fez com que acontecesse isso", lamentou.
Depois do boletim de ocorrência sobre o estupro coletivo ter sido registrado, o menino precisou passar por exame de corpo de delito. Os pais também o colocarem em outra escola, dessa vez localizada em Várzea Grande (MT).
No momento, a família aguarda a decisão da Justiça. Vale mencionar que pelos menos dois dos adolescentes suspeitos já foram acusados anteriormente em escolas onde estudavam.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil.
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