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10ª vítima

Menino de 12 anos morre em chacina na Bahia

Assassinato em massa já matou 10 vítimas

Vítima de chacina - Imagem: Reprodução | Jornal Nacional
Vítima de chacina - Imagem: Reprodução | Jornal Nacional

Marina Roveda Publicado em 11/09/2023, às 09h06


O adolescente de 12 anos que havia sobrevivido à chacina ocorrida em Mata de São João, na Região Metropolitana de Salvador, faleceu neste domingo (10) em Salvador, tornando-se a décima vítima do ataque a duas casas que ocorreu em 28 de agosto. Railan Bispo dos Santos havia sofrido queimaduras em mais da metade do seu corpo e estava internado em estado gravíssimo no Hospital Geral do Estado (HGE) desde o dia do crime.

Seu corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Salvador, onde seu pai fará a liberação. Ainda não foram divulgadas informações sobre o velório e sepultamento, que devem ocorrer na cidade de Alagoinhas, onde outras três vítimas já haviam sido enterradas.

Durante o ataque, Railan conseguiu se esconder debaixo de uma cama, o que o manteve fora do alcance da visão dos criminosos durante a ação. Apesar de ferimentos causados pelo fogo, ele conseguiu sair à rua em busca de socorro, batendo nas portas de alguns vizinhos até ser acolhido por duas moradoras em uma das casas. Infelizmente, ambas as mulheres foram mortas a tiros.

No primeiro imóvel atacado, havia um bebê com cerca de um ano e meio a dois anos de idade, que, de acordo com a polícia, foi poupado pelos criminosos e resgatado por seu pai. No entanto, não há informações disponíveis sobre o paradeiro do bebê e do pai.

A Polícia Civil da Bahia revelou que a chacina foi motivada por ciúmes e inicialmente tinha apenas uma pessoa como alvo. O crime ocorreu em 28 de agosto, e horas depois, um suspeito ligado ao crime foi preso. O indivíduo que a polícia acredita ser o mandante do ataque foi morto em um confronto com as autoridades junto com outro suspeito no dia seguinte.

A delegada Christiane Inocência Coelho, diretora do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), explicou que os quatro autores do crime fazem parte de uma facção criminosa, embora não tenha especificado qual organização. O que motivou o crime, de acordo com as investigações, foi o ciúmes do suposto mandante em relação a uma das vítimas, que seria ex-namorado de sua atual namorada.

"Estamos trabalhando com [a hipótese de] crime passional, e as diligências continuam. Não posso fornecer nomes, pois isso prejudicaria o andamento das investigações, mas temos um alvo principal e um 'alvo aleatório'", afirmou a delegada na época.
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