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Confusão

Irmãos têm dois filhos após ignorar incesto e lutam na Justiça para se casarem

A mulher detalhou as dificuldades que vem enfrentando para formalizar sua situação

Ana e Daniel Parra se casaram e tiveram filhos, embora sejam irmãos do mesmo pai - Imagem: reprodução/Facebook
Ana e Daniel Parra se casaram e tiveram filhos, embora sejam irmãos do mesmo pai - Imagem: reprodução/Facebook

Mateus Omena Publicado em 28/04/2023, às 12h24


Um casal tem lutado na Justiça para conseguir oficializar o casamento, após terem dado à luz duas crianças. No entanto, a lei impede a união pelo fato dos dois serem irmãos.

Diante da situação, os parentes Ana e Daniel Parra deram início a uma campanha para alterar uma lei e ter o direito de firmar a união.

O caso aconteceu na Espanha. Segundo o Daily Mail, os dois são irmãos por parte de pai, mas cresceram afastados um do outro. Quando completou 20 anos, ela decidiu procurar seu progenitor e descobriu que ele tinha outro filho, que era um adolescente de 17 anos na época.

Por meio de um perfil fake no Facebook, Ana entrou em contato com o irmão. Depois de um tempo, ela revelou sua verdadeira identidade e marcou um encontro com Daniel. Os dois moravam nos arredores de Barcelona.

Em entrevista ao jornal El Espanol, a mulher explicou que, depois de se conhecerem pessoalmente, eles se tornaram amigos íntimos, foram morar juntos e deram início ao relacionamento amoroso depois de se beijarem em uma festa. 

Hoje, eles têm dois filhos: um de 5 anos e outro de 3. Em um registro civil, Ana e Daniel são reconhecidos como pais das crianças, após uma alteração na legislação espanhola em 2012 que reconhece filhos frutos de relações incestuosas.

Por outro lado, o país europeu ainda não permite que irmãos possam se casar. Ana e Daniel querem mudar essa lei e afirmaram que eles têm direito de se unirem formalmente em matrimônio.

"As sociedades devem avançar e não se ancorar em tradicionalismos. Os homossexuais também eram proibidos de se casar, e agora podem. Nós nos amamos e é isso o que deveria prevalecer, nós não fazemos mal a ninguém", afirmou a mulher.

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