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Rio de Janeiro

Homem que matou a família inteira exigia dinheiro do avô antes dele visitar a neta

O crime aconteceu na última semana em um condomínio na Avenida das Américas, na Zona Oeste do Rio

Homem que matou a família inteira exigia dinheiro para avô visitar neta - Imagem: reprodução
Homem que matou a família inteira exigia dinheiro para avô visitar neta - Imagem: reprodução

Jessica Anjos Publicado em 20/02/2023, às 14h50


Alexander dos Santos, motorista de aplicativo, teve sua prisão decretada na última sexta-feira (17) por ser suspeito de matar sua família inteira: a esposa e os seus dois filhos, dentre eles um bebê de 11 meses. O avô de uma das crianças compartilhou que o rapaz exigia dinheiro dele para que permitir as visitas a sua neta. 

A declaração foi dada na Delegacia de Homicídios da Capital. Eduardo Affonso, avô materno de Maria Eduarda Fernandes, de 12 anos, disse ter sido proibido de ver a neta e que só conseguia contato quando pagava para ver a criança. 

Maria Eduarda foi morta na última semana com a madrasta e o irmão. O crime aconteceu em um ínio na Avenida das Américas, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O motorista de aplicativo foi preso sob acusação de homicídio triplo.

O avô da criança continuou seu depoimento dizendo que os dois se desentendiam com frequência. Eduardo disse que o pai da menina não arcava com os custos de cuidar dela, ele não comprava alimentos, roupas ou remédios. Além disso, o aposentado tentou conseguir a guarda da neta na Justiça há anos, quando foi proibido pelo pai de vê-la, mas os pedidos foram negados. 

O suposto assassino obteve a guarda total da menina desde que a mãe dela faleceu por um câncer.

Em 2020, no mês de fevereiro, o avô conseguiu um acordo de visitação na 2ª Vara da Família no Fórum Regional da Barra da Tijuca, mas o combinado não era cumprido pelo pai de Maria Eduarda. "No mínimo, aos sábados e domingos, entre 9h/9h30 até às 19h/19h30 do mesmo dia", explicou.

A última vez que o aposentado viu a neta com vida foi entre os dias 11 e 12 de fevereiro. Depois, ele só a viu "infelizmente, no momento de sua morte". Apesar de ficar triste sempre que tinha que voltar para casa, o avô disse que Maria Eduarda nunca disse ter sofrido violência pelo pai. 

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