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BYBOT

Facção criminosa cai em golpe financeiro e toma decisão drástica

Investidores buscam justiça após desaparecimento da Bybot e de seu CEO, Gustavo Diniz, no turbulento mercado de criptomoedas

"Engomadinho do Bitcoin" - Imagem: Reprodução | Redes Sociais
"Engomadinho do Bitcoin" - Imagem: Reprodução | Redes Sociais

Marina Roveda Publicado em 30/08/2023, às 08h21


Após os significativos prejuízos causados pela plataforma financeira Bybot, centenas de investidores que sofreram grandes perdas estão se mobilizando para tentar localizar o principal executivo da empresa, Gustavo de Macedo Diniz, conhecido como "Engomadinho do Bitcoin". Além dele, dois membros da equipe da Bybot também estão sendo procurados pela facção criminosa carioca Comando Vermelho (CV). Acredita-se que essa facção tenha investido na compra de moedas virtuais como parte de uma estratégia para lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas.

Imagens de dois operadores da Bybot, que estavam envolvidos diretamente com os clientes da plataforma antes de sua desativação, começaram a circular em grupos de WhatsApp. Segundo os relatos, a facção criminosa CV está oferecendo uma recompensa de R$ 15 mil por qualquer informação que leve à localização dos dois traders. É importante notar que o comunicado da facção ressalta que não deve ocorrer violência física contra os funcionários da empresa. "Não matem."

O uso de moedas digitais para a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas tem crescido consideravelmente, com um aumento de 68% na movimentação de criptomoedas em atividades ilícitas entre 2021 e 2022, totalizando US$ 23,8 bilhões. Esses dados foram divulgados pela Chainalysis, uma empresa especializada em análise de dados do mercado de criptomoedas.

O golpe aplicado pela Bybot resultou em um prejuízo estimado de quase R$ 70 milhões e causou uma grande agitação no mercado de moedas virtuais. A plataforma, que gerenciava diversos criptoativos de investidores em diferentes países, simplesmente desapareceu, levando consigo o dinheiro de seus clientes. As autoridades policiais registraram numerosas ocorrências em São Paulo, e as vítimas se estendem por diversos estados do Brasil, além do Distrito Federal.

O principal executivo da Bybot, Gustavo de Macedo Diniz, de 27 anos, eliminou suas redes sociais, cortou os canais de comunicação e bloqueou saques na plataforma. Desde a última sexta-feira (25/8), os investidores não conseguem retirar os fundos depositados em suas carteiras. Anteriormente ativo nas redes sociais e frequentemente realizando transmissões ao vivo, Gustavo, apelidado de "Engomadinho do Bitcoin", alegadamente fugiu do país em direção à Ásia.

Com sua eloquência, simpatia e aparente confiabilidade, o administrador da plataforma costumava gravar vídeos para seus seguidores, demonstrando que o negócio era seguro e legalizado. A Bybot atuava principalmente no mercado de arbitragem de criptoativos, uma estratégia que envolve a negociação de ativos a preços diferentes em plataformasdistintas, buscando lucrar com as variações de preço. A diferença entre os preços de compra e venda era a margem de lucro dos investidores.

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