Bandidos mantém idosa de 82 anos por mais de 10 horas ao telefone e levam R$ 130 mil; falso sequestro

A Policia de Jales, interior de São Paulo, investiga um caso de "falso sequestro" que rendeu um prejuizo de R$ 130 mil. A vítima é uma idosa de 82 anos, que mora no pequeno município de Santa Salete. Ela ficou "presa" ao telefone das 23h do último domingo (20) até por voltas das 10h da manhã de segunda (21).

O criminoso insistia em dizer que a filha da mulher estava em poder da quadrilha. Os criminosos chegaram a contratar um carro por aplicativo que levou a vítima até o município de Jales, onde ela fez uma transferência de R$ 40 mil.

Segundo o investigador Devanir José Carlos, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jales, os criminosos obrigaram a mulher a deixar o dinheiro em sacolas, no portão de sua própria casa, no centro de Santa Salete.

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Um dos criminosos, utilizando um CrossFox, amarelo, com placas de Ourinhos (SP) esteve por quatro vezes no portão, pegando o dinheiro. Nas sacolas, a vítima colocou R$ 92 mil.

BAEP PEGA SUSPEITO

O criminoso que pegou o dinheiro na porta da casa da vítima, na terça-feira (22), foi abordado por policiais de uma equipe de elite da Polícia Militar, o Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), em São José do Rio Preto, que fica a 138 quilômetros de onde o crime foi praticado. Os militares tinham a informação sobre as suspeitas envolvendo o carro.

A identidade do homem é mantida em sigilo para não atrapalhar as investigações, pois há outros comparsas. Ele confessou o golpe e foi liberado, pois não houve flagrante. O homem detido e liberado, confessou aos policiais que já havia praticado a mesma modalidade de crime, em Uchôa, região metropolitana de São José do Rio Preto. O policial Davanir Carlos informou ainda que o rapaz tem outros antecedentes.

AGRAVAR O CASO

Para o delegado seccional de Jales, Charles Winston de Oliveira, o caso pode ter agravante, pois os bandidos fizeram grave ameaça à vítima, além de obrigarem a mulher a ir para outra cidade fazer a operação bancária passando mais R$ 40 mil.

"Se isso for comprovado, podemos estar falando de uma extorsão ou roubo", explicou.

Winston Oliveira acrescentou ainda que suas equuipes trabalharam rápido para esclarecer o caso.