Ranking mostra os bairros com mais roubos de celular em SP

Boletins de ocorrência registrados no 1º semestre de 2023 mostraram que a República, Consolação e Bela Vista são os bairros que puxam o ranking dos locais da cidade de São Paulo com mais roubos e furtos de celular. Um e cada dez celulares roubados ou furtados é registrado nos bairros da região central de São Paulo, que registram grande fluxo de pessoas.

Segundo o Tilt, a própria coluna solicitou que a análise, que foi realizada pela B4Risk, com base nos dados públicos da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

Furtos e roubos são crimes conhecidos por serem de oportunidade, onde ocorrem quando um criminoso identifica chances de executarem a ação, seja com pedestres e motoristas, o mais comum é que isso ocorra justamente em locais com grande circulação de pessoas.

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Ranking dos 10 bairros com mais furtos ou roubos na cidade de SP

1. República - 4,6% do total (4.858) - mesma posição e mesma porcentagem
2. Consolação - 3,83% (4.044) - mesma posição, mas com 3,25%
3. Bela Vista - 3,25% (3.427) - mesma posição, mas com 2,99%
4. Pinheiros - 2,85% (3.006) - estava em 5º com 2,37%
5. Sé - 2,65% (2.799) - estava em 4º com 2,48%
6. Brás - 2,49% (2.624) - mesma posição, mas com 2,14%
7. Bom Retiro - 2,30% (2.427) - mesma posição, mas com 1,93%
8. Vila Mariana - 2,15% (2.266) - estava em 10º com 1,73%
9. Itaim Bibi - 2,13% (2.247) - estava em 14º com 1,53%
10. Santo Amaro - 1,96% (2.072) - estava em 16º com 1,31%

O bairro de Santo Amaro teve o maior crescimento comparando os dados do ano passado para este. Em 2022, foram 1.429 contra 2.072 ocorrências do mesmo período deste ano - sendo quase 45% de crescimento de ocorrências.

Após Santo Amaro, os bairros que mais tiveram aumento de furtos e roubos na cidade foram: Itaim Bibi (34%), Vila Mariana (18%) e Pinheiros (16%).

De um modo geral, o furto e roubo de aparelhos tiveram uma leve queda durante o período:

• 1º semestre de 2022 - 108.914 aparelhos;
• 1º semestre de 2023 - 105.524 aparelhos.

Referente a horários, há um certo padrão na cidade de São Paulo, onde, a maioria dos b.os (boletins de ocorrência) apontam que a noite é o principal período em que se há roubo:

• De noite - 36,54%;
• De tarde - 25,06%;
• Pela manhã - 23,92%;
• De madrugada - 14,11%.

Para Guaracy Mingardi, membro do FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública), a questão do horário é complexa, pois depende muito da região e do tipo de crime.

A maioria dos furtos costuma ocorrer da manhã ao cair da noite. Na região do Centro de São Paulo, por exemplo, é comum que haja subtração de telefones de pedestres nestes horários. Fazem isso à luz do dia e se aproveitam da movimentação para se esconder", explicou.

Já os roubos, ainda segundo Guaracy, tendem a acontecer entre a noite e a madrugada, quando há menos gente na rua e costuma haver algum tipo de ameaça à vítima.

Para Guaracy,já que as pessoas não costumam mais andar com tanto dinheiro, mas boa parte da população tem e anda com o celular, isso o torna mais atrativo. E, quando estão com um desses em mãos, os criminosos conseguem faturar rápido vendendo para receptadores.

No mínimo, paga-se entre R$ 200 e R$ 300 por celular roubado. Posteriormente, o aparelho pode ser hackeado, desmontado para ter as peças usadas em consertos ou simplesmente zerado e enviado para outro país", completou Guaracy.

O grande problema, argumentou, é combater a receptação, feita por quadrilhas profissionais. Com isso, precisaria investir em invertigação feita pela polícia civil.

Nos locais com grande registro de ocorrências, como no centro de São Paulo, as operações até existem, disse ele. Porém, precisaria de maior investimento em efetivo e inteligência.