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Prefeitura de São Paulo nega aumento e segura tarifa de ônibus em R$ 4,40

Anúncio de Ricardo Nunes contraria proposta do governador de SP sobre o estadual sobre aumento no metrô e trens

Ricardo Nunes - Imagem: Divulgação / SECOM SP
Ricardo Nunes - Imagem: Divulgação / SECOM SP

Marina Milani Publicado em 15/12/2023, às 08h52


A Prefeitura de São Paulo confirmou que a tarifa dos ônibus na cidade não sofrerá aumento a partir de janeiro de 2024, mantendo-se em R$ 4,40. A informação contradiz o anuncio da gestão estadual, que havia confirmado um reajuste de R$ 0,60 no preço do metrô e dos trens, elevando o valor para R$ 5 no transporte sobre trilhos.

Em nota, a administração municipal afirmou que a decisão de não corrigir a tarifa dos ônibus foi tomada após uma reunião conjunta entre representantes da Prefeitura e do governo estadual. A gestão do prefeito Ricardo Nunes destacou que não há impedimento técnico para a manutenção de tarifas distintas entre os serviços de ônibus, metrô e trens.

"Após reunião conjunta na manhã desta quinta-feira entre representantes da área de transportes da Prefeitura de São Paulo e do governo estadual, a administração municipal informa que não fará correção na tarifa dos ônibus, que será mantida em R$ 4,40", disse a prefeitura por meio de nota.

A prefeitura ressaltou seu compromisso em incentivar o transporte coletivo, responsável por transportar diariamente 7 milhões de passageiros e que não sofreu reajuste nos últimos três anos. Historicamente, a tarifa municipal segue o aumento determinado pelo estado; no entanto, a administração de Nunes buscava postergar o aumento devido ao ano eleitoral.

O reajuste nas tarifas de Metrô, trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e trens metropolitanos privatizados já havia sido sinalizado pelo governador Tarcísio de Freitas. A tarifa não era ajustada desde janeiro de 2020, e Tarcísio argumentou que a falta de reajuste prejudica a situação financeira das empresas públicas de transporte.

"A tarifa está congelada há muito tempo e a gente tem que começar a fazer conta. Ou eu repasso alguma coisa pra tarifa ou a gente permanece com ela congelada e eu aumento o subsídio. Quanto mais tempo a tarifa ficar congelada, mais subsídio a gente vai ter", defendeu ele no final de novembro.

A possibilidade de aumento no valor das tarifas era discutida como uma forma de equilibrar as finanças e evitar aumentos nos subsídios estaduais.

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