Diário de São Paulo
Siga-nos
Grave

Pai atira no rosto do próprio filho para se defender de surto psicótico e causa tragédia

O homem é ex-delegado e possui autorização para porte de armas

Pai atira no rosto do próprio filho para se defender de surto psicótico e causa tragédia - Imagem: Unsplash
Pai atira no rosto do próprio filho para se defender de surto psicótico e causa tragédia - Imagem: Unsplash

Nathalia Jesus Publicado em 09/06/2023, às 12h40


Um ex-delegado, de 58 anos, atirou contra o rosto do próprio filho, de 30, durante um surto psicótico do rapaz na tarde da última quinta-feira (08). O caso aconteceu dentro da residência da família em Mirante do Paranapanema, no interior de São Paulo.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Zanatta Ribeiro Holsback, no local onde aconteceu a tragédia moram o pai, a mãe e os três filhos do casal, todos maiores de idade.

O delegado aposentado do Estado de Minas Gerais teria tentado socorrer o filho, diagnosticado com esquizofrenia, durante um surto, ocasião em que quebrou uma janela e acabou se ferindo.

“A família relatou que, nos últimos três anos, o quadro do rapaz piorou muito. Ele estava mais agressivo e violento. Hoje, por volta do horário do almoço, o filho teve mais um surto e o pai tentou contê-lo. A família apresentou os documentos médicos que atestam o quadro de esquizofrenia diagnosticado no filho”, disse o delegado ao g1.

Segundo Zanatta, no momento em que o pai foi pegar as chaves do carro para levar o filho ao pronto-socorro, ele foi surpreendido pelo rapaz, que havia pegado uma faca na cozinha e tentou golpeá-lo.

Encurralado entre o corredor da residência e um dos quartos, o ex-delegado pegou sua pistola calibre .40 e acertou um único disparo no rosto do filho, na região abaixo de um dos olhos, na tentativa de conter as investidas.

O pai realizou os primeiros socorros ainda no local, até a chegada do Corpo de Bombeiros. O filho foi levado para a Santa Casa de Misericórdia do município, mas não resistiu ao ferimento e morreu.

A pistola, a munição deflagrada e a faca foram apreendidas.

A Polícia Científica foi acionada para periciar o local.

“Foi reconhecido, preliminarmente, a legítima defesa, pois o pai, utilizando moderadamente dos meios necessários, isto é, um único disparo de fogo contra o filho, praticou o fato para repelir a agressão. Ele não teve outra alternativa a não ser efetuar o disparo para preservar sua integridade física e sua vida. A família está muito abalada. Foi uma tragédia”, afirmou o delegado.

Compartilhe  

últimas notícias