A vítima já fez boletins de ocorrência e falou com o síndico do condomínio, mas nada foi feito
Nathalia Jesus Publicado em 17/06/2023, às 13h16
Após ser alvo de inúmeras ameaças e xingamentos pelo morador de um apartamento em frente ao seu, a coordenadora de eventos Denize Kaluf, de 59 anos, que vive na Vila Gumercindo, na zona sul de São Paulo, decidiu tomar uma atitude improvável para denunciar a situação.
Em entrevista ao g1, a profissional informou que vem sendo vítima de ameaças desde 2021. A mulher relatou que já fez inúmeras reclamações para o condomínio do agressor e três boletins de ocorrência sobre o caso, mas nada foi feito até o momento.
"Começou em 2021, no início eu ouvia as ofensas, mas não tinha certeza que era comigo. Em dezembro de 2021, comecei a notar que as ofensas tinham um alinhamento com as coisas que eu fazia no meu apartamento. Até que um dia, em abril de 2022, fui até a cozinha, estava com as janelas abertas e ouvi: 'sai do celular vagabunda, vai buscar o que fazer'. Tudo que estava acontecendo no meu apartamento era motivo para injúrias o tempo todo".
Cansada da situação e sem sinal de melhora, Denize colocou uma faixa com um pedido de socorro em sua sacada para que o condomínio do agressor tome providências sobre o caso.
"Nesse ano as ofensas ficaram mais frequentes, ele me chama de vadia, lixo, vagabunda, fofoqueira o tempo inteiro. Eu cheguei no meu limite e fiz uma reclamação para o síndico do prédio pedindo socorro e ele me disse que eu precisava formalizar por e-mail, algo que já tinha feito centenas de vezes. No dia 2 de junho aconteceu de novo, eu saí na sacada e comecei a gritar com ele. Nessa semana, eu já estava sem dormir, com o emocional abalado e resolvi fazer a faixa para chamar a atenção do edifício", relatou.
Denize procurou por comércios da região e descobriu que outras pessoas já tiveram problemas com o mesmo homem.
"Procurei uma delegacia e pedi instruções para a polícia sobre o que deveria fazer por esse caso de importunação e fui orientada, direcionada para outra delegacia. Montei um dossiê e fiz uma reclamação para a administradora do prédio e, me disseram que nada poderia ser feito sobre o caso, que eu deveria procurar uma Delegacia da Mulher".
Ela chegou a fazer um boletim de ocorrência do caso em 2022, mas acobou perdendo o prazo de representação.
Denize foi procurada por uma outra vizinha, que morou no mesmo prédio do agressor e já tinha feito uma ocorrência contra ele, em 2021. "Essa mulher saiu do prédio por medo", disse a vítima.
"O que mais me entristeceu foi ver que as administradoras não estão preparadas para lidar com esses temas e nem o jurídico porquê. Eu estou com medo, presa na minha própria casa, eu sinto na pele o meu medo, tenho andado no meu apartamento no escuro, abaixada, porque vejo que a luz do apartamento dele está acesa".
O caso ainda segue em investigação.
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