Motoristas de Uber e 99 realizam greve nesta segunda em São Paulo

Os motoristas de 99 e Uber começaram uma paralisação na manhã desta segunda-feira (15), em São Paulo.

Os profissionais reivindicam aumento no pagamento feito pelas plataformas e melhoria nas condições de trabalho, além de outras demandas.

De acordo com a previsão da Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp) e da Federação dos Motoristas Por Aplicativos do Brasil (Fembrapp), que organizam a movimentação, a paralisação deve contar também com adesão de 70% dos motoristas do país e durar 24h.

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Motivação

A paralisação realizada hoje (15) tem o objetivo de pressionar as empresas a aumentarem o valor mínimo cobrado por corridas para R$ 10 — atualmente, este valor é de R$ 6. Os motoristas querem também a redução do desconto cobrado por corrida pelas empresas.

“As empresas de aplicativos estão lucrando enormemente com o seu trabalho, mas muitas vezes não oferecem remunerações justas ou proteções adequadas”, declarou o vice-presidente da Amasp Paulo Reis em publicação no Facebook.

E acrescentou: “Além disso, há muitas questões que precisam ser abordadas, como a redução das taxas de comissão e a transparência nas políticas das empresas”.

Em entrevista ao jornal Extra, o presidente do Sindicato dos Prestadores de Serviço por Aplicativo do Rio (SindMobi), Luiz Corrêa, explicou que houve encontros com as empresas na última semana, mas sem nenhum avanço que pudesse impedir a paralisação dos trabalhadores.

“O desconto hoje oscila entre 40% a 60%, o que é muito alto. Estamos pedindo que essa fatia caia. Tivemos reuniões com as duas empresas (Uber e 99) na semana passada mas, por enquanto, só negativas”, esclareceu.

Como a ação afeta os passageiros?

De acordo com uma reportagem do jornal Folha de São Paulo, usuários relatam aumento de até 50% no preço das corridas em São Paulo (SP) na manhã desta segunda (15).

Já que a paralisação tem âmbito nacional, é provável que efeito semelhante seja percebido em outras localidades.