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Revelação

Mãe que matou o próprio filho fala pela 1ª vez sobre o crime

O caso aconteceu em Franca, na cidade de São Paulo

Joana Darc, de 43 anos, matou o próprio filho durante uma discussão com o ex-marido. - Imagem: reprodução I Cidade Alerta
Joana Darc, de 43 anos, matou o próprio filho durante uma discussão com o ex-marido. - Imagem: reprodução I Cidade Alerta

Juliane Moreti Publicado em 27/04/2023, às 17h59


Nesta quinta-feira (27), acontecerá o julgamento de Joana Darc, de 43 anos, que matou o próprio filho a facadas durante uma discussão com o ex-marido em Franca, São Paulo

Ainda respondendo o crime em liberdade, Joana deu uma entrevista ao Cidade Alerta (R7) e relatou como está se sentindo e vivendo após ter tirado a vida de Caio, de 26 anos de idade. 

''Hoje eu não tenho vida, né. Eu tô aqui obrigada, vivendo essa vida obrigada, vivendo essa vida nesse mundo obrigada. Então, pra mim, não tem vida, eu só to vivendo porque tenho mais 4 filhos e mais três netos, né'', disse. 

''A dor que eu sinto pela perda do meu filho... A pior condenação é essa, que eu sinto que vou carregar pro resto da minha vida'', alegou. 

Durante a entrevista, ela relembrou o acontecimento, no ano passado, e comentou que estava sendo agredida pelo ex-marido. Então, pegou a facanão para atingir, mas se defender. 

''Aí meu filho assustou, achou que eu ia enfiar a faca nele e entrou no meio. Aí, nesse alvoroço todo, ele entrou no meio, acabou acertando ele, mas em momento algum eu queria acertar nem um, nem outro'', disse.

Joana também esclareceu a relação entre ela e Caio: ''Nós não parecíamos mãe e filho, parecíamos amigos, assim como com meus outros filhos. Nós brincávamos, fazíamos churrasco, tudo...'', comentou.

''Se eu tiver que ficar presa, eu vou ficar. Mas a condenação que eu tenho é a minha vida, né. Eu não durmo, tenho insônia, vivo de remédio'', citou.

O ex-marido também deu uma entrevista e falou que sente até hoje as consequências daquele dia. Ele sofreu um corte que precisou levar pontos, mas apenas isso.

O pedreiro afirma que não come direito e acorda de madrugada, tentanto entender a situação, que considera uma fatalidade.

A defesa da mulher vai alegar que o acontecido não passou de uma fatalidade, e que Joana nunca quis ferir o filho ou o marido e, nesse caso, o advogado espera que a cliente seja absolvida.

Relembre o caso

No dia da morte de Caio a mãe estava discutindo com o marido dentro de casa e os dois estavam sob efeitos de bebidas alcóolicas. De repente, a mulher pegou o objeto cortante.

Na ocasião, o filho entrou na frente e acabou sendo atingido no peito. Apesar de ter sido socorrido, não resistiu aos ferimentos. No ano passado, época do acontecimento, Joana se entregou à Polícia e agora está nas mãos da Justiça.

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