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Jantar de quebra jejum de muçulmanos é comemorado em ato ecumênico

Cerimônia aconteceu na Catedral Anglicana de São Paulo

Jantar de quebra jejum de muçulmanos é comemorado em ato ecumênico - Imagem: Acervo Pessoal
Jantar de quebra jejum de muçulmanos é comemorado em ato ecumênico - Imagem: Acervo Pessoal

Fernanda Trigueiro Publicado em 11/04/2023, às 19h41


O Jantar de Iftar, que marca o fim do jejumdiário dos muçulmanos durante o mês do Ramadã, foi realizado nesta segunda-feira, no salão de festas da Catedral Anglicana de São Paulo. Este foi o segundo ano. 

A iniciativa reuniu representantes das comunidades judaica, muçulmana e cristã. O evento foi organizado pelo Centro Islâmico e de Diálogo Inter-religioso e Intercultural (CIDI). O Presidente do CIDI Mustafa Goktepedestacou o papel da tolerânciaem nome da paz. "A sociedade assim fica mais coesa, mais harmônica e vai dialogar mais. O mundo precisa desse diálogo, desse encontro e desse espírito".

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Imagem: Acervo Pessoal

Silvia Perlov do Congresso Judaico Latino-americano lembrou da importância deste período do ano a todos. Enquanto os islãs comemoram o Ramadã, os cristãos celebram a Ressureição de Cristo e os judeus, a Páscoa Judaica. "No judaísmotemos o princípio da melhoria do mundo, então estamos sempre voltados a isso. Um abraçando o outro".

O Prefeito Ricardo Nunes marcou presença e durante o discurso falou da grandiosidade da cidade, que tem hoje mais de 394 mil imigrantes legalizados. "São paulo é uma cidade acolhedora que recebe todos os povos de braços abertos. Diante das dificuldades que ainda enfrentamos, temos muito a comemorar, um exemplo é este jantar inter-religioso e intercultural, que demonstra a união e o respeito da nossa capital a todos que chegam". 

Entre os convidados, personalidades políticas, como os deputados federais Ricardo Salles (PL-SP) e Renata Abreu (PODE-SP), o deputado estadual Rafael Saraiva (UNIÃO BRASIL) e o senador Marcos Pontes (PL-SP). "O jejum é compaixão. É se colocar no lugar do próximo antes de qualquer coisa. Na política, a solução está em ver, entender e trabalhar sob a perspectiva do outro", concluiu Pontes. 

A Catedral Anglicana de São Paulo se destaca pelos trabalhos sociais. Há vinte e seis anos, o Reverendo Aldo Quintão junto a poucos fiéis deu início ao voluntariado. O projeto foi crescendo e hoje se tornou a maior creche da América Latina. Mais de mil crianças carentes, com idades de zero a quatro anos, são atendidas. O prédio de oito mil metros quadrados fica na comunidade de Paraisópolis, no bairro do Morumbi. "Na nossa creche, nós acolhemos a todos sem nenhuma distinção. Não importa o credo, a cor e a raça. Em uma noite como esta reunimos pessoas de diferentes religiões e representantes de partidos distintos. Quando você permite que o outro participe, você pratica mais caridade, bondade e inclusão. O mundo é plural e o que for possível para que as pessoas se unam, se amem e se respeitem, a Catedral Anglicana vai fazer", reforçou o Reverendo

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Imagem: Acervo Pessoal

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