Idosa é enganada por golpistas com bilhete premiado falso em Itanhaém, sofrendo grande prejuízo
Sabrina Oliveira Publicado em 21/06/2024, às 08h49
Uma aposentada de 62 anos de Itanhaém, litoral sul de São Paulo, sofreu um prejuízo de aproximadamente R$12 mil ao cair em um golpe do bilhete premiado. O caso ocorreu no dia 12 de junho, após a vítima ser abordada por duas mulheres ao sair de um mercado no bairro Jardim Grandesp.
Segundo relato da filha da vítima à TV Tribuna, uma das suspeitas, fingindo ser analfabeta, pediu ajuda à idosa para sacar um bilhete de loteria supostamente premiado no valor de R$4 milhões. A golpista afirmou que precisava pagar uma taxa de R$25 mil para liberar o prêmio e prometeu dividir o dinheiro com quem a ajudasse, justificando que não poderia ficar com o valor por conta de restrições religiosas.
A segunda mulher envolvida se apresentou como uma desconhecida disposta a ajudar e sugeriu chamar um primo advogado para acompanhá-las ao banco. Pouco depois, um homem chegou em um carro prata e levou a vítima até sua casa para pegar a bolsa e, em seguida, para a agência bancária no centro de Itanhaém.
De acordo com a filha da aposentada, a mãe sacou R$2 mil de sua conta corrente e fez um empréstimo de mais R$2 mil, entregando o valor aos criminosos. A suspeita é que a vítima tenha sido drogada durante o golpe, pois tomou um suco de laranja oferecido pelos golpistas e enviou um áudio para a filha com a voz diferente, como se estivesse sob efeito de calmantes.
Após o saque inicial de R$4 mil, o motorista do grupo utilizou a senha do cartão de crédito da idosa para fazer uma compra de R$347,00 em um mercado. Posteriormente, o grupo levou a mulher até Mongaguá, cidade vizinha, onde continuaram as transações fraudulentas. Eles conseguiram usar R$8 mil do limite disponível do cartão de crédito da vítima, mas ao tentar uma nova compra, o cartão foi bloqueado.
Para finalizar o golpe, a mulher que alegava ser vencedora do bilhete premiado pediu o celular da aposentada emprestado e a enviou a uma loja para tirar xerox de documentos, prometendo ressarcimento. Quando a vítima retornou, os golpistas já haviam desaparecido.
A vítima só se deu conta do golpe ao não encontrar mais ninguém ao retornar da loja. A filha revelou que uma das suspeitas foi vista perguntando a moradores locais sobre aposentados na região, indicando a possível atuação sistemática do grupo.
O caso foi registrado como estelionato na Delegacia de Mongaguá e encaminhado ao 2° Distrito Policial de Itanhaém, onde as investigações continuam.
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