Diário de São Paulo
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GREVE

Greve no metrô, CPTM e Sabesp: paulistas protestam contra privatização

Foram paralizadas as linhas 1, 2, 3 e 15 do Metrô e 7, 10, 11, 12 e 13 da CPTM

Greve no metrô, CPTM e Sabesp - Imagem: Reprodução | G1
Greve no metrô, CPTM e Sabesp - Imagem: Reprodução | G1

Marina Roveda Publicado em 03/10/2023, às 08h08


Uma ampla greve coordenada afetou os serviços de transporte público em São Paulo nesta terça-feira (03), quando trabalhadores do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (Companhia Paulista de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) paralisaram suas atividades em protesto contra a privatização planejada pelo governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A interrupção dos serviços, que teve início de madrugada, impactou significativamente o deslocamento dos paulistas. De acordo com informações atualizadas pelo Metrô, as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata foram afetadas, enquanto as linhas 4-Amarela e 5-Lilás permaneceram operacionais, mantendo parcialmente a mobilidade da população na cidade. A última atualização divulgada pelo Metrô ocorreu às 5h05.

Na CPTM, a paralisação atingiu as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, conforme relatado pela companhia em sua última atualização às 5 horas. Duas linhas da CPTM, no entanto, operaram de forma parcial. A linha 11-Coral funcionou apenas entre as estações Luz e Guaianases, enquanto a Linha 7-Rubi permitiu a circulação dos trens entre Caieiras e Luz. Vale ressaltar que as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, operadas pela Via Mobilidade, operaram normalmente, proporcionando uma alternativa limitada aos passageiros afetados pela greve.

Segundo informações reportadas pelo site da Jovem Pan, os sindicatos e categorias envolvidos na paralisação manifestaram forte oposição à privatização das três empresas públicas. Eles argumentam que a transferência das operações para o setor privado prejudicaria a qualidade dos serviços prestados à população. Além disso, esses grupos demandam a realização de um plebiscito oficial que consulte a opinião de todos os cidadãos do Estado de São Paulo antes de qualquer decisão sobre a privatização das empresas públicas.

Por outro lado, o governo paulista, em comunicado emitido na tarde de segunda-feira, classificou o ato como "ilegal" e "abusivo". O governo assegurou que está agindo com total transparência e respeito à legalidade na condução das propostas de parceria, concessão e desestatização. Destacou ainda uma decisão do TRT2(Tribunal Regional do Trabalho) que estipula que tanto o Metrô quanto a CPTM devem operar com 100% de sua capacidade durante os horários de pico, enquanto nos demais horários, a operação deve ocorrer com 80% do efetivo. Os horários de pico foram definidos como o período entre 4h e 10h e também entre 16h e 21h, conforme comunicado do TRT divulgado na última sexta-feira (29).

Aqui estão os principais pontos relacionados à greve:

Transporte Afetado:

  • A paralisação afeta as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô.
  • As linhas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô operam normalmente.
  • Na CPTM, as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade estão paralisadas.
  • A linha 11-Coral da CPTM funciona apenas entre as estações Luz e Guaianases.
  • A linha 7-Rubi da CPTM opera de Caieiras até Luz.
  • As linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, operadas pela Via Mobilidade, funcionam normalmente.

Motivo da Greve:

  • As categorias estão protestando contra a privatização das empresas públicas Metrô, CPTM e Sabesp pelo governo estadual.
  • Afirmam que a transferência das operações ao setor privado piorará a qualidade do serviço.
  • Cobram a realização de um plebiscito oficial envolvendo toda a população do Estado para consultar sobre as privatizações das empresas públicas.

Posição do Governo:

  • O governo paulista classificou a paralisação como "ilegal" e "abusiva".
  • Garante que está agindo com total transparência e respeito à legalidade na condução das propostas de parceria, concessão e desestatização.
  • Destacou uma decisão do TRT2 (Tribunal Regional do Trabalho) que determinou que tanto o Metrô quanto a CPTM devem operar com 100% do efetivo nos horários de pico e 80% nos demais horários.
  • O horário de pico foi definido como o período entre 4h e 10h e também entre 16h e 21h.

Impacto na População:

  • A Prefeitura e o Governo de São Paulo decretaram ponto facultativo para reduzir os impactos da paralisação.
  • Os serviços de segurança pública não serão afetados, assim como os restaurantes e postos móveis do Bom Prato.
  • Consultas em Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) e horários nos postos do Poupatempo terão reagendamento garantido.
  • Na educação, as aulas e provas da rede estadual serão repostas e reagendadas. A Seduc-SP também organizará a reposição de aulas.
  • A operação especial no transporte público por ônibus foi determinada pela administração municipal.
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