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Feminicídio: estado de São Paulo registra recorde de casos em 2023

Em 83,2% dos casos em 2023, as vítimas haviam sofrido violência doméstica anteriormente

Feminicídio: estado de São Paulo registra recorde de casos em 2023. - Imagem: reprodução freepik
Feminicídio: estado de São Paulo registra recorde de casos em 2023. - Imagem: reprodução freepik

Lillia Soares Publicado em 30/01/2024, às 17h14


Em 2023, o estado de São Pauloregistrou o maior número de casos de feminicídiosdesde 2018, quando esses dados começaram a ser separados das estatísticas gerais de homicídios. 

De acordo com informações da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), foram reportadas 221 mortes de mulheres como feminicídio no período mencionado. Já em 2022, foram contados 195 casos de feminicídio no estado, um aumento em relação aos 140 casos registrados em 2021. Além disso, em 2018, houve 136 ocorrências.

Feminicídio refere-se ao assassinato de uma mulher devido à sua condição de gênero. Isso ocorre quando as motivações estão relacionadas a questões como violência doméstica ou ódio misógino, envolvendo menosprezo ou discriminação pela simples razão de ser mulher. Esses crimes podem ocorrer de várias maneiras, seja em locais particulares ou até mesmo nas ruas.

Conforme aponta o portal Agência Brasil, ao abordar o aumento de feminicídios, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) destacou que, em 83,2% dos casos em 2023, as vítimas haviam sofrido violência doméstica anteriormente. Em 56,1%, as mulheres tinham uma relação afetiva com o agressor, e em 39,3%, havia uma ligação familiar ou de amizade.

Também vale ressaltar, que a secretaria informou que implementou uma iniciativa para que os agressores sejam equipados com tornozeleiras eletrônicas ao serem liberados nas audiências de custódia.

Através do tornozelamento, os agressores são monitorados 24 horas por dia e são imediatamente detidos se tentarem se aproximar das vítimas. Desde setembro até 24 de janeiro, 167 agressores foram tornozelados. Dentre o total, 74 estavam relacionados a casos de violência doméstica, dos quais 9 foram presos novamente por violarem a ordem de distância”. 
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