Mais de 200 mil denúncias do tipo foram registradas na capital apenas em 2022
Nathalia Jesus Publicado em 27/03/2023, às 09h38
Dez ruas da capital paulista concentraram uma a cada dez ocorrências de roubos ou furtos de celulares somente no ano passado. Lugares históricos e turísticos, que são utilizados na movimentação de turistas e paulistanos cotidianamente, são os mais visados, inclusive ficam, em sua maioria, na região do centro.
Em 2022, houve uma alta no número de denúncias desse tipo de crime, 200 mil ocorrências, o que corresponde a 13% a mais em relação a 2021. Os dados inéditos fazem parte de um levantamento do Monitor da Violência do g1, em parceria com o Fantástico, feito com base nas ocorrências do site da Transparência da Secretaria de Segurança Pública do estado.
1° Avenida Paulista - 5,3 mil ocorrências
2° Avenida do Estado - 2,9 mil ocorrências
3° Avenida Cruzeiro do Sul - 2,6 mil ocorrências
4° Rua Augusta - 2,1 mil ocorrências
5° Praça da República - 1,8 mil ocorrências
6° Praça da Luz - 1,6 mil ocorrências
7° Rua da Consolação - 1,6 mil ocorrências
8° Rua do Glicério - 1,3 mil ocorrências
9° Praça da Sé - 1,2 mil ocorrências
10° Avenida São João - 1,1 mil ocorrências
A forma de agir nesse tipo de crime pode variar bastante dependendo da localidade. Na Avenida Paulista, campeã disparada no ranking, o furto de pedestres praticado por gangues de bicicleta se tornou comum, como explicou David Marques, coordenador de projetos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
"Se olhar para a Paulista, Consolação, Augusta, são regiões onde têm se difundido muito a modalidade de furto de bicicleta. Às vezes está chamando um Uber, mandando uma mensagem distraído, concentrado, vem alguém e toma o celular da mão da pessoa. Nessas avenidas que têm um grande fluxo de pessoas e veículos, criam-se oportunidades para esse tipo de ação", disse.
Já em avenidas como a do Estado e a Cruzeiro do Sul, onde os principais alvos estão dentro de veículos, o mais comum é o roubo dos aparelhos de motoristas que estão parados no trânsito.
"Principalmente na Avenida do Estado, [é mais conhecida por] roubos no semáforo e quando o criminoso quebra o vidro do carro, dá aquele bote e tira o celular do console do carro. São muitas modalidades, e cada uma dessas regiões apresenta uma oportunidade para os criminosos."
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