Como o aumento nas tarifas de transporte pode afetar na viagem dos passageiros?

Com o anúncio do aumento das tarifas de passagens para os transportes públicos para R$5, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) também declarou que durante 2024 o valor permanecerá congelado neste valor. Entretanto, o valor da integração ainda não foi divulgado.

A integração, é quando o passageiro embarca em dois tipos de transporte diferente em um intervalo de duas horas, e nesse caso não é cobrado a passagem completa, atualmente invés de pagar R$8,80, a passagem das duas sairia por R$7,65.

De acordo com especialistas que analisaram o novo cenário para o próximo ano, a medida pode causar impactos negativos, por exemplo a superlotação nos transportes.

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A expectativa é que os usuários procurem o transporte que sairá mais em conta, e isso deve fazer com que os ônibus lotem mais. Por exemplo, os ônibus da linha 4310-10 fazem um trajeto parecido com a linha-3 vermelha do metrô.

De acordo com o portal do UOL, o governador Tarcísio declarou que terá que pagar R$2 bilhões em subsídios às empresas do transporte estadual. Já a prefeitura, que congelou o valor, prevê R$5,1 bilhões para subsidiar o sistema em 2024.

Com a intenção de achar métodos para solucionar o problema antes do início do novo decreto, os especialistas opinaram sobre a situação.

Tanto para acomodar os passageiros que virão do metrô, quanto para a tarifa zero dos domingos, a prefeitura precisa com urgência aumentar a frota de ônibus e melhorar a frequência. Se não, começaremos a ver ainda mais lotação e demoras nos ônibus”, aconselha Rafael Calabria, coordenador de mobilidade urbana do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor).

A tarifa é uma barreira de acesso ao direito ao transporte, e os aumentos agravam a situação. Além disso, com a perda de passageiros, o Estado nem terá a arrecadação que espera”, continuou ele.

Temos uma tarifa que, se a gente fosse reajustar pelo que é devido, já estaria na casa dos R$8 para EMTUe mais de R$6 para CPTMe Metrô. A Prefeitura tem outra situação, ela opera o transporte sobre pneus e percebeu que consegue suportar por mais tempo a atual estrutura de custos e de subsídio”, rebate o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.