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Só em Portugal, mais de mil morrem por causa de onda de calor

Departamento de saúde pública apresentou dados de mortes em excesso entre os dias 7 e 18 de julho.

Em Ourém, em Portugal, uma mulher joga água de um balde em chamas em uma árvore, em 13 de julho de 2022 - Imagem: Pedro Rocha | Instagram
Em Ourém, em Portugal, uma mulher joga água de um balde em chamas em uma árvore, em 13 de julho de 2022 - Imagem: Pedro Rocha | Instagram

G1 Publicado em 20/07/2022, às 08h44


Mais de mil pessoas morreram em Portugalpor causa da onda de calor que o país atravessa, de acordo com dados publicados nesta terça-feira (19) pelo órgão de saúde pública do país.
Graça Freitas, o chefe da Direção-Geral da Saúde (DGS), disse que o país precisa se aparelhar para aguentar os efeitos das mudanças climáticas, porque as temperaturas devem continuar a subir. “Portugal está entre as regiões do globo que podem ser mais afetadas pelo calor extremo”, afirmou.
Segundo ele, o país precisa estar mais preparado para os períodos de calor.

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As temperaturas passaram dos 40ºC no país na semana passada. Houve uma diminuição nos últimos dias, mas, segundo Freitas, ainda estão acima da média para esse período do ano.
A DGS inicialmente relatou 238 mortes em excesso por causa da onda de calor entre os dias 7 e 13 de julho, mas Freitas atualizou os números com dados que vão até o dia 18 de julho: foram 1.063 mortes.

Pessoas mais velhas
Os dados até agora mostram que as pessoas idosas são mais suscetíveis a morrer por causa da onda de calor, segundo Carlos Antunes, um pesquisador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
O número de mortes no futuro vai depender, entre outras coisas, das medidas preventivas que as pessoas adotarem, de como os asilos vão cuidar dos idosos e da adaptação da infraestrutura, disse ele.
“Com a mudança climática, a expectativa é que esse aumento na mortalidade vai se intensificar, então precisamos adotar medidas de saúde pública para minimizar o impacto”, afirmou Antunes.

Incêndios florestais
No país, afirma-se que os incêndios florestais têm três principais causas: as temperaturas altas, a seca prolongada e o mau controle florestal.
Também há incêndios em outros países, como a Espanha.

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