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Estado crítico

Salman Rushdie: escritor se encontra em estado crítico após facada em evento

Rushdie estava prestes a dar uma palestra em Nova York quando foi atacado a facadas. Ele é jurado de morte pelo Irã desde 1989

Salman Rushdie: escritor se encontra em estado crítico após facada em evento - imagem: reprodução Instagram @rtvmarti
Salman Rushdie: escritor se encontra em estado crítico após facada em evento - imagem: reprodução Instagram @rtvmarti

Fernanda Viana Publicado em 13/08/2022, às 09h02


O escritor Salman Rushdie, 75 anos, está em estado crítico após ser atacado a facadas em eventorealizado nesta sexta-feira (12), segundo seu agente, Andrew Wylie.

Em nota enviada ao New York Times, o representante afirmou que Salman está usando um respirador e pode perder um olho.

"Salman provavelmente perderá um olho. Os nervos de seu braço foram cortados e seu fígado foi esfaqueado e danificado", disse o agente.

Salman Rushdie foi atacado quando estava prestes a dar uma palestrano Chautauqua Institution, por um homem identificado pelas autoridades como Hadi Matar. 

De acordo com o major Eugene Staniszewski, Hadi Matar tinha um ingresso para acessar o evento e entrou na instituição normalmente, como os outros espectadores. Ainda não há indicação do que motivou o crime e acredita-se que o suspeito agiu sozinho.

Salman participava de uma discussão sobre os Estados Unidos como asilo para artistas em exílio quando o palco em que estava prestes a se apresentar foi invadido pelo homem que começou a socá-lo e esfaqueá-lo.

O escritor foi socorrido por uma médica presente na plateia que falou com o New York Times e afirmou que Rushdie tinha várias facadas, "incluindo uma no lado direito do pescoço, e que havia uma poça de sangue sob seu corpo".

O mediador do evento, que também foi atacado pelo suspeito, foi levado para o hospital para tratar um ferimento no rosto.

O livro "Os Versos Satânicos" de Salman é proibido no Irã desde 1988, pois muitos muçulmanos o consideram uma blasfêmia. Um ano depois, o falecido líder do Irã, o aiatolá Ruhollah Khomeini pediu a morte do autor, com uma recompensa sendo oferecida.

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