Para Olaf Scholz, vontade dos ucranianos deve ser respeitada
Agência Brasil Publicado em 21/08/2022, às 13h41
O chanceler alemão, Olaf Scholz, reiterou hoje (21) que a Rússia tem de abandonar quaisquer planos de conquista da Ucrânia e respeitar a vontade dos ucranianos para ser possível negociar o fim da guerra.
"Não aceitaremos uma paz que o governo, o Parlamento e o povo da Ucrânia não possam aceitar", disse Scholz, durante encontro com cidadãos por ocasião do dia de abertura da Chancelaria em Berlim, segundo a agência espanhola EFE.
Ele afirmou que o presidente russo iniciou o conflito com a "clara intenção" de anexar o país vizinho, em parte ou na totalidade.
Com a invasão iniciada em 24 de fevereiro, Putin rompeu um acordo de décadas na Europa, de não alterar as fronteiras pela força, disse o chefe do governo alemão.
Scholz observou que a Rússia deve compreender que as sanções ocidentais não serão retiradas enquanto não for alcançado um "acordo justo" com a Ucrânia.
"Mas, ainda não estamos lá", afirmou o dirigente social-democrata, que lidera um executivo de coligação com os verdes e os liberais.
Scholz disse também que continuará a falar com Putin, embora reconhecendo que as conversas com o líder russo são complicadas, mesmo que não sejam realizadas em "mesas de sete metros de comprimento", mas sim por telefone.
"É preciso ser claro e não ser intimidado", disse, depois de se referir à mesa longa que Putin tem usado em encontros com dirigentes ocidentais.
À pergunta de um participante do encontro, se a guerra não poderia ter sido evitada com uma posição menos beligerante da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Scholz disse que Putin já tinha planejado a invasão da Ucrânia pelo menos há um ou dois anos.
O chanceler alemão lembrou que, em sua última conversa com Putin, disse que o presidente russo sabia que a adesão da Ucrânia à Otan não estava na ordem do dia.
Acrescentou que repetiu essa mensagem na entrevista após o encontro, para que a Rússia não a usasse como argumento para a guerra.
"Com o presidente ucraniano, tínhamos um acordo sobre o caminho que teria levado à dissolução dessa preocupação". Para Scholz, tudo foi ultrapassado com o início da guerra. "A Otan nunca foi uma ameaça para a Rússia", afirmou.
Segundo o chanceler, não havia qualquer motivo para a guerra, além da declaração pública de Putin de que a Bielorrússia e a Ucrânia não são Estados reais, e devem pertencer à Rússia, algo que qualificou como "totalmente absurdo".
A guerra mostrou a dependência europeia da energia russa, incluindo a Alemanha, que cancelou a entrada em funcionamento do segundo gasoduto direto com a Rússia após a invasão da Ucrânia.
Recentemente, Scholz defendeu que a redução da dependência de gás russo passa por um gasoduto a partir de Portugal, por meio da Espanha e França, para o resto da Europa.
A poucos dias de completar seis meses, não se sabe o número de baixas civis e militares no conflito, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que é elevado.
A guerra provocou também 12 milhões de refugiados e de deslocados internos.
A União Europeia e países como os Estados Unidos, o Reino Unido ou o Japão têm decretado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos e fornecido armas à Ucrânia.
Leia também
Manifestantes barram passagem de Bolsonaro em Rodovia no Pará
Membro do partido Democrata pede que Biden abandone sua candidatura
Governo busca proibir Meta de usar dados de usuários para treinar IA
Andressa Urach utiliza briga entre Lula e Bolsonaro como inspiração para novo pornô; entenda
Ex-mulher de Tim Maia faz revelação bombástica sobre único herdeiro do cantor
Claudia Raia é desligada da Rede Globo após 40 anos
Andressa Urach utiliza briga entre Lula e Bolsonaro como inspiração para novo pornô; entenda
Norma ISO 7101 chega ao Brasil e estabelece padrões internacionais de qualidade para gestão no setor de saúde
Relatório denuncia o escândalo de clínicas de Limeira que usam autismo como "produto" e faturam alto
São Paulo terá greve de ônibus nesta quarta-feira? Saiba tudo sobre a paralização