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Presença do líder do grupo paramilitar Wagner em Belarus preocupa a Otan

Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo paramilitar Wagner, é recebido em Minsk, o que leva a Otan a emitir alertas sobre a defesa de seus membros contra possíveis ameaças da Rússia ou Belarus

Yevgeny Prigozhin - Imagem: Reprodução | YouTube
Yevgeny Prigozhin - Imagem: Reprodução | YouTube

Marina Roveda Publicado em 28/06/2023, às 08h56


O líder paramilitar estava desaparecido desde o final da rebelião, quando seus homens tomaram bases militares e marcharam em direção a Moscou antes de recuar. Segundo relatos da mídia bielorrussa, um avião particular de propriedade de Prigozhin pousou em Minsk na terça-feira pela manhã.

Embora ainda incertas, as repercussões da rebelião liderada pelo ex-aliado de Vladimir Putin estão sendo monitoradas atentamente. O Kremlin nega que Putin tenha saído enfraquecido da crise, considerada a pior durante seus quase 25 anos no poder.

Em agradecimento aos militares russos, Putin afirmou que eles impediram uma "guerra civil". Durante uma cerimônia em Moscou, o presidente observou um minuto de silêncio em homenagem aos pilotos do Exército que foram mortos durante o motim. O Kremlinressalta que a rebelião apenas fortaleceu a união da sociedade em torno do presidente.

No entanto, o líder da oposição russa preso, Alexei Navalni, enxerga a rebelião liderada por Wagner como uma ameaça à Rússia e ao poder de Putin. Para Navalni, o colapso inevitável do regime atual representaria uma ameaça de guerra civil, demonstrando a fragilidade do sistema vigente.

A presença de Prigozhin em Belarus e as implicações dessa reaparição despertam inquietações na comunidade internacional. A Otan se mantém vigilante e reafirma seu compromisso em proteger seus membros de qualquer ameaça proveniente de Moscou ou Minsk. O desenrolar dessa situação permanece como um ponto de preocupação em meio à complexa dinâmica política da região.

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