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GUERRA

Operação militar ucraniana avança em território russo

A ampliação da área ocupada desafia a capacidade defensiva do exército russo

Operação militar ucraniana avança em território russo - Imagem: Reprodução / X (antigo Twitter) @Darwin_f1978
Operação militar ucraniana avança em território russo - Imagem: Reprodução / X (antigo Twitter) @Darwin_f1978

Sabrina Oliveira Publicado em 13/08/2024, às 11h00


Em uma ação que surpreendeu o mundo, as tropas ucranianas ampliaram sua ocupação em território russo, desafiando diretamente a capacidade de defesa do exército de Moscou. O avanço ocorreu após a incursão inicial que, há uma semana, marcou a primeira invasão terrestre da Rússia desde a Segunda Guerra Mundial. O impacto foi imediato, gerando perplexidade no governo russo e provocando uma crise interna de comando.

A operação ucraniana tem se mostrado extremamente eficaz, ao ponto de as tropas de Kiev controlarem, nesta segunda-feira, 28 povoados na região de Kursk. Segundo o governador interino da área, Alexei Smirnov, os ucranianos avançaram 12 quilômetros dentro do território russo, ocupando uma faixa de 40 quilômetros de largura. Entre os territórios capturados está o terminal de Sudza, crucial para o transporte de gás natural da Rússia para a União Europeia, um golpe estratégico significativo.

Um dos aspectos mais impressionantes dessa operação foi a capacidade dos ucranianos de "cegar" as defesas russas, algo que especialistas apontam como um fator determinante para o sucesso da incursão. As forças ucranianas conseguiram explorar lacunas no monitoramento russo e, além disso, embaralhar os sinais eletrônicos dos drones de reconhecimento e sistemas de comunicação russos, causando confusão e desorientação entre as tropas inimigas.

Essa movimentação não apenas expôs vulnerabilidades nas defesas russas, mas também colocou em xeque a percepção de segurança dentro das fronteiras do país. Enquanto a Rússia lida com as consequências desse avanço inesperado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reiterou que a ação foi uma resposta direta à contínua ofensiva russa na Ucrânia. Embora Kiev não tenha a intenção de anexar territórios russos, a operação serviu como uma demonstração contundente de que as forças ucranianas são capazes de levar o conflito para o território do inimigo, desestabilizando suas defesas e comprometendo suas operações.

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