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GUERRA

O que se sabe sobre os ataques do Hamas a Israel

Ao menos 40 pessoas morreram e 740 ficaram feridas após os ataques a Israel

Ao menos 40 pessoas morreram e 740 ficaram feridas após os ataques  a Israel - Imagem: Reprodução/TV GLOBO - Jornal Hoje
Ao menos 40 pessoas morreram e 740 ficaram feridas após os ataques a Israel - Imagem: Reprodução/TV GLOBO - Jornal Hoje

Ana Rodrigues Publicado em 07/10/2023, às 10h15


Na manhã deste sábado (7), no horário local de Israel, o país foi bombardeado pelo movimento islâmico armado Hamas, em um ataque surpreso, que já é considerado um dos maiores sofridos pelo país nos últimos anos.

Segundo o G1, os ataques aconteceram principalmente na parte sul do país, onde, milhares de foguetes foram lançados e, em comunicado, militares de Israel afirmaram que vários terroristas infiltraram-se no território israelita a partir da Faixa de Gaza.

O grupo Harmas reivindicou o ataque e ainda afirmou que se trata do início de uma grande operação para a retomada do território. Segundo os serviços de emergência, ao menos 40 pessoas morreram e 740 ficaram feridas. 

Em resposta aos ataques, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu disse que, seu país está em estado de guerra. O premiê lançou uma operação "Espadas de Ferro" e convocou uma reunião de emergência com autoridades de segurança. O país convocou uma grande quantidade de reservistas.

Estamos em guerra e vamos ganhar. O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu".

O ministro da Defesa do país, Yoav Galant, afirmou que o Hamas cometeu um "grande erro". O premiê israelense também pediu que os cidadãos sigam as instruções de segurança. A recomendação é que as pessoas fiquem próximas a prédios e espaços protegidos.

As Forças de Defesa de Israel defenderão os civis israelenses e a organização terrorista Hamas pagará um alto preço pelas suas ações”, disse o comunicado divulgado pelos militares israelenses.

O conflito entre Israel e Palestinase estende há décadas. Na sua "forma moderna" ela remete a 1947, quando as Nações Unidas propuseram a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na Palestina sob mandato britânico. Israel foi proclamado no ano seguinte. Desde então, existe uma disputa de território, onde vários acordos já tentaram estabelecer a paz no território, mas sem sucesso.

Neste sábado, um ataque surpresa do movimento islâmico armado Hamas em Israel deixou o país em estado de guerra. Segundo um alto comandante militar do Hamas, 5 mil foguetes foram lançados contra o país no Oriente Médio. Sirenes de avisos de bombardeios foram relatadas em várias regiões de Israel, incluindo Jerusalém. Há registros de edifícios danificados em Tel Aviv e em outras cidades.

Segundo a imprensa israelense, homens armados atiraram contra pedestres na cidade de Sdetor, no sul do país. Imagens circularam pelas redes sociais onde indicam haver um confronto nas ruas da região.

Este é o dia da maior batalha para acabar com a última ocupação”, afirmou Mohammad Deif, comandante do Hamas.

Segundo a mídia palestina, váriso israelenses foram feitos prisioneiros por combatentes. O Hamas divulgou imagens, onde mostrava a espécie de um tanque israelense destruído.

Outro grupo islâmico, conhecido como Jihad Islâmica Palestina disse que seus combatentes se juntariam ao Hamas no ataque contra Israel. 

Fazemos parte desta batalha, os nossos combatentes estão lado a lado com os seus irmãos nas Brigadas Qassam até que a vitória seja alcançada”, disse o porta-voz do braço armado da Jihad Islâmica, Abu Hamza, no Telegram.

Com a crescente das ofensivas, várias lideranças mundiais condenaram o ataque do Hamas contra Israel. O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Tierk, afirmou que estava chocado com os ataques e apelou pelo fim imediato da violência em Gaza.

Este ataque está tendo um impacto horrível sobre os civis israelenses. Os civis nunca devem ser alvo de ataques", disse Tuerk em comunicado.

O que é Hamas?

É o maior - dentre os diversos grupos de militantes islâmicos - da Palestina. O grupo como um todo, ou em alguns casos, sua ala militar, é classificado como terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido, bem como outras potências globais.

O nome em árabe é um acrônimo para Movimento de Resistência Islâmica, teve origem em 1987 após o início da primeira intifada palestina, ou levante, contra a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.

Em sua fundação, o Estatuto do Hamas definiu a Palestina histórica, incluindo a atual Israel, como terra islâmica e exclui qualquer paz permanente com o Estado judeu. Além disso, o texto também, ataca os judeus como povo, fortalecendo acusações de que o grupo é antissemita.

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